A Fortescue, empresa global de energia verde e tecnologia, se reuniu nesta segunda-feira (13/05) com governadores e vice-governadores do Nordeste durante o World Hydrogen Summit & Exhibition 2024, realizado na Holanda. O objetivo do encontro foi avançar na agenda de promoção de uma legislação para o hidrogênio verde que inclua condições estruturantes para atrair os primeiros grandes investimentos no setor.
Considerado o maior encontro global sobre hidrogênio verde e sua cadeia de valor, o evento contou com a participação de governadores e representantes de oito estados do Nordeste, da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e de diversas empresas do setor.
Durante o encontro, a Fortescue destacou a oportunidade de o Brasil capitalizar suas vantagens em energia renovável para impulsionar a indústria do hidrogênio verde. O país possui uma abundância de energia renovável a preços competitivos, uma infraestrutura robusta de transporte de energia e portos bem estruturados, além das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), que o posicionam como um potencial líder global no desenvolvimento do setor.
A Fortescue, por meio da ABIHV, ressaltou a importância de estabelecer condições que permitam ao hidrogênio verde competir em termos de custo com o hidrogênio cinza. “É fundamental continuar trabalhando em conjunto para garantir o desenvolvimento de um marco regulatório que permita ao Brasil manter a vantagem que essas características proporcionam à sua ampla matriz energética, assim como a maturidade do mercado energético. Nesse contexto, a regulamentação precisa contemplar a garantia de condições estruturantes para tornar o hidrogênio verde competitivo”, destacou Sebastian Delgui, gerente de Assuntos Públicos e Comunidades da América Latina.
Projeto no Brasil
Em 2021, a Fortescue anunciou um investimento de US$ 5 bilhões na construção de uma planta de produção de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. O projeto, que terá uma capacidade de produção final de 837 toneladas por dia de hidrogênio verde, consumirá 2,1 GW de eletricidade de fontes renováveis e produzirá até 15 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano.
Este é o maior projeto de desenvolvimento de plantas de hidrogênio verde no Brasil e um dos maiores do mundo. Os estudos de impacto ambiental para a planta foram aprovados pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Coema) em outubro de 2023 e o projeto está avançando. A expectativa é que cerca de 5.000 empregos sejam criados durante a fase de construção. A planta utilizará água de esgoto tratado e do oceano, evitando impactos no abastecimento local de água potável.
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