Segundo dados do Banco Central, mais de 11 milhões de queixas de fraudes no Pix foram registradas em 2024, um aumento de quase 80% em relação ao ano anterior. Do total, 4,7 milhões de casos foram confirmados, com perdas que somam R$ 6,5 bilhões.
Criado em 2021, o Mecanismo Especial de Devolução (MED) conseguiu recuperar apenas 7% do valor perdido, cerca de R$ 459 milhões. Das 5 milhões de solicitações recebidas, apenas 1,56 milhão foram aceitas. Em grande parte dos casos, os valores já haviam sido distribuídos em contas de laranjas, o que dificultou a devolução.
Para tentar agilizar a resposta às vítimas, o Banco Central anunciou que até 1º de outubro o MED contará com autoatendimento. A funcionalidade permitirá que usuários contestem transações diretamente nos aplicativos dos bancos, sem a necessidade de atendimento humano.
O avanço das fraudes tem relação direta com a estrutura do Pix, que permite transações instantâneas e gratuitas. Essa facilidade tem sido explorada por quadrilhas que atuam com engenharia social e recrutamento de laranjas, geralmente jovens em situação de vulnerabilidade.
O Banco Central orienta que vítimas de golpes acionem seus bancos o quanto antes. O prazo para solicitar devolução via MED é de até 80 dias após a transação. Se o pedido for aceito, o valor pode ser devolvido em até 96 horas.
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