A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) revelou nesta sexta-feira (19), durante apresentação no auditório da Casa Civil, no Palácio da Abolição, que o Ceará tem uma probabilidade de 45% de chuvas abaixo da média entre os meses de fevereiro e maio de 2024.
Além disso, a Funceme afirma que há uma probabilidade de 40% de precipitações de chuva dentro da normalidade no estado, fora uma perspectiva de 15% de chuvas acima da média nos mencionados meses. As informações foram compartilhadas por meio do Sistema de Recursos Hídricos do Governo do Estado do Ceará.
A atuação do El Niño, fenômeno climático que colabora na escassez de chuva, na região Nordeste já havia sido alertada por meteorologistas e gestores em novembro do ano passado, indicando a possibilidade de um novo período de seca severa no Ceará, com falta de chuva para repor os açudes. Eduardo Sávio, presidente da Funceme, explicou que o aquecimento extenso do oceano Atlântico mantém a configuração de aquecimento do Pacífico, caracterizando a condição do El Niño e, consequentemente, poucas chuvas: “Aquecimento muito extenso no Atlântico. Eu nunca vi nessa extensão”, destacou.
A Funceme ainda esclareceu que o prognóstico indica probabilidades relacionadas à tendência média do volume acumulado de chuvas para o trimestre como um todo, e não para cada mês individualmente. O limite inferior de chuvas previsto para o Ceará no primeiro trimestre da quadra chuvosa é de 404,7 mm, enquanto o superior é de 523,1 mm. Em diferentes regiões, os valores variam, sendo mínima de 532 mm e máxima de 720,7 mm no litoral Norte, e mínima de 558,5 mm e máxima de 745,3 mm no litoral de Fortaleza, entre outras variações.