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Futebol Mundial de luto: aos 82 anos, o Rei Pelé sai de campo para brilhar na eternidade

Foto: Alessandro Sabattini / Getty Images

 

Aquela notícia que ninguém gostaria de dar, que aperta o peito e faz com que os dedos não teclem no computador. Procurar as palavras para descrever o momento é difícil, mas aconteceu o mundo do futebol talvez esperasse: o Rei Pelé vai brilhar nos gramados da eternidade.

Edson Arantes do Nascimento, o Rei do Futebol e Atleta do Século XX, estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde 29 de novembro. A internação aconteceu em virtude de uma infecção respiratória após ele contrair Covid-19 e para a reavaliação do tratamento de um câncer no cólon. Pelé passou por uma cirurgia no local em setembro de 2021 e desde então vinha sendo submetido a repetidas sessões de quimioterapia. No início de 2022, foram detectadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.

Uma notícia que precisou de apuração e checagem mais de uma vez: agora é verdade. Ainda em dezembro deste ano notícias de que o Rei do Futebol teria partido tomaram conta das redes sociais. Os filhos de Pelé, Kelly Nascimento e Edinho, publicaram fotos nas redes sociais dos últimos dias com o pai no quarto em que ele estava internado. Outros filhos e neto também estiveram no local para a passagem do Natal.

Apesar do quadro complicado, Pelé passou alguns dias estável e com uma leve melhora. Nesta quinta (29 de dezembro), a situação voltou a se agravar ele não resistiu.

Pelé deixa sete filhos e a esposa Márcia Aoki, com quem estava casado desde 2016. Do primeiro casamento, com Rosemeri Cholbi, nasceram Kelly Cristina, Edinho e Jennifer. O ex-jogador também é pai dos gêmeos Joshua e Celeste, de seu relacionamento com a psicóloga Assíria Lemos. Além desses, Pelé teve duas filhas fora do casamento: Sandra Regina, que só obteve o reconhecimento da paternidade pela Justiça, morta em 2006, e Flávia.

Durante a Copa do Mundo do Catar, este ano, o Rei recebeu várias homenagens.

Foto: Agência Reuters

 

A família não divulgou detalhes sobre o velório, que deve acontecer na Vila Belmiro, em Santos, clube onde o Rei jogou e se destacou.

Eterno pelo legado

Maior jogador de futebol de todos os tempos. Na Seleção Brasileira, ele estreou em 1957 numa partida da Copa Rocca contra a Argentina, quando também fez seu primeiro gol com a camisa amarelinha. Pela equipe brasileira, com apenas 17 anos, venceu a Copa do Mundo na Suécia, em 1958.

Em 1962, se machucou na segunda rodada da Copa do Chile. A partida era contra a Tchecoslováquia, adversária do Brasil naquele ano na final. Após ser caçado em campo com duras faltas na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, ele comandou o lendário time brasileiro ao tricampeonato mundial em 1970, no México – é o único jogador a vencer três Copas.

No Santos, Pelé ganhou quase tudo que disputou. Duas Libertadores e dois Mundiais de Clubes em 1962 e 1963. Uma Supercopa Sul-Americana e uma Recopa, em 1968, 6 Campeonatos Brasileiros (à época Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 4 torneios Rio-São Paulo e 10 Campeonatos Paulistas.

Encerrou a carreira como jogador de futebol em 1977, no Cosmos, dos Estados Unidos.

Quem teve o privilégio de ver Pelé jogar, acompanhou seus dribles, gols e sua genialidade foi privilegiado. Encerrou a carreira tendo balançado as redes 1282, em mais de 1300 jogos oficiais. Em 19 de novembro de 1969, o Rei marcou o seu milésimo gol, no maior templo do futebol brasileiro: o Maracanã. Na ocasião, o Santos venceu o Vasco por 2 a 1 e aquele gol fora dedicado às crianças pobres do país.

Em 1995, Pelé foi indicado Ministro dos Esportes do Brasil pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

O futebol mundial reverencia e reconhece o legado de Pelé. O Brasil está de luto e o Esporte triste com a passagem de um dos seus maiores ídolos. Mas seus gols, dribles, títulos e conquistas ficam para a eternidade. Pelé, que sempre foi uma estrela na terra, vai brilhar na eternidade.

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