Destinar alguns minutos do expediente para se alongar ou se movimentar pode ajudar a prevenir doenças ocupacionais e aumentar o bem-estar no ambiente de trabalho.
Passar horas na mesma posição, seja sentado ou em pé, e realizar movimentos repetitivos diariamente pode provocar problemas sérios de saúde. Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) estão entre as principais causas de afastamento de trabalhadores, segundo dados da Previdência Social. Juntas, essas condições são responsáveis por cerca de 30% dos afastamentos, atingindo mais de 10 mil profissionais nos últimos anos.
Essas lesões costumam afetar mãos, braços, ombros, pescoço e a região lombar. Os sintomas mais comuns são dor, inchaço, formigamento e perda de força. Em casos mais graves, pode haver necessidade de cirurgia.
Uma das formas de prevenção mais eficazes é a prática da ginástica laboral — uma série de exercícios e alongamentos realizados no próprio ambiente de trabalho, com o acompanhamento de um profissional de saúde. Esses movimentos podem ser feitos em poucos minutos, antes, durante ou ao final do expediente.
Além de melhorar a saúde física, a prática também contribui para a socialização e o relaxamento no ambiente de trabalho. Durante os exercícios, os colaboradores têm um momento para se desconectar das tarefas e interagir de forma leve com os colegas.
Apesar dos benefícios, a adoção da ginástica laboral ainda é limitada em muitas empresas. Especialistas apontam que isso ocorre, em parte, por falta de informação sobre as vantagens da prática — tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores.
A ginástica laboral também pode ser aliada à ergonomia. O profissional responsável costuma avaliar o ambiente de trabalho e sugerir ajustes nos móveis e na postura para reduzir os riscos à saúde.