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Godzilla e Kong: O Novo Império foca no visual e na diversão (crítica)

Dirigido por Adam Wingard (The Guest), Godzilla e Kong: O Novo Império é tão previsível quanto ao seu antecessor. No entanto, é visualmente satisfatório e melhora minimamente a relação e a mitologia desse universo cheio de monstros.  

Com uma nova aventura que coloca o poderoso Kong e Godzilla contra uma ameaça colossal e desconhecida, o filme se aprofunda ainda nas histórias desses Titãs e as suas origens, assim como nos mistérios da Ilha da Caveira. Além disso, ainda foca em uma grande batalha que ajudou a forjar esses seres e os vinculou para sempre com a humanidade.

Uma rinha de monstros gigantes perde a graça? Talvez, se não conseguirmos nos relacionar com essa história. Pensando nisso, e talvez inspirada na série Monarch: O Legado dos Monstros, o novo longa-metragem do “monsterverse” consegue se aprofundar mais a fundo na relação do mundo humano com seus novos habitantes monstruosos.  

Não que o projeto roteirizado pelo trio, Terry Rossio (Aladdin), Simon Barrett (Tu És o Próximo) e Jeremy Slater (Quarteto Fantástico), mostra uma relação amigável entre humanos e monstros, ou até mesmo entre Godzilla e Kong, na verdade, ele expõe algo mais próximo de uma “realidade”. Nesse mundo, há territórios para cada kaiju, tal qual o reino animal, e resta para os seres humanos lidar com isso. A partir disso, é mostrada uma coabitação, onde a humanidade deu um jeito de tentar sobreviver e conter as lutas desses monstros.

Além disso, foi um ótimo aprofundamento do roteiro em criar uma espécie de mitologia da tribo indígena mostrada em A Ilha da Caveira, no qual eles verdadeiramente viviam ao lados dos monstros e tinham convívio de mútuo colaboração. No entanto, achei de certo exagero o uso da personagem da Kaylee Hottle (Magnum P.I) como espécie de messias para apenas trazer um monstro de um filme anterior de volta. 

Já em relação aos protagonistas do filme, Godzilla e Kong, é praticamente a mesma, e a maneira que a direção utiliza de ambos é praticamente da mesma maneira que o filme anterior. Contudo, vejo de certa forma como o Kong é o “principal protagonista” da narrativa, visto que ele é o único na história com um objetivo. Enquanto o Godzilla passou o projeto inteiro indo de um lado para o outro, estando quase fora da narrativa.

Assim como no filme anterior, Adam Wingard faz um ótimo trabalho ao lado da equipe de design de produção e VFX para criação de cenários, caracterização e, principalmente, as cenas de luta. O embate entre monstros em sua maioria é satisfatório, mesmo não sendo a melhor coisa que você verá em um cinema, é notório como a produção soube preencher bem a tela e deixar esses momentos viscerais.

 

Por fim, Godzilla e Kong: O Novo Império é um projeto que você provavelmente sabe o que vai acontecer. Mas que no final das contas diverte pelo fato de ter uma equipe de produção competente para a proposta, e roteiro que desenvolve melhor as relações de um mundo tão destruído. Apesar disso tudo, ainda fica a espera da Universal utilizar esses personagens da maneira correta, que são forças da natureza que estão aqui para demarcar seu território perante à humanidade, e não serem heróis.

Nota: 7/10

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