
O Programa Ceará Sem Fome, iniciativa desenvolvida pelo Governo do Ceará voltada ao combate da insegurança alimentar e nutricional no estado, tem investido em ações de capacitação profissional como forma de estimular autonomia financeira e inclusão produtiva. Até setembro de 2025, mais de 21 mil pessoas já foram treinadas por meio dos cursos gratuitos oferecidos, com 2.351 turmas concluídas e outras 30 em andamento.
Destinadas a beneficiários do programa, cozinheiras(os) e voluntárias(os) das cozinhas comunitárias do Ceará Sem Fome, as capacitações são direcionadas a pessoas com 16 anos ou mais. Os cursos têm carga horária entre 20 e 200 horas-aula, com opções nos turnos da manhã, tarde e noite, facilitando o acesso de diferentes públicos.
“O eixo de Qualificação e Renda do programa Ceará Sem Fome tem como objetivo promover a inclusão econômica dos beneficiários das cozinhas comunitárias que se encontram em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. A iniciativa segue a diretriz do governador Elmano de Freitas, que prioriza a inclusão produtiva como caminho para a superação da pobreza, substituindo o prato de comida distribuído pelo Ceará Sem Fome por uma carteira de trabalho assinada. Atualmente, mais de 700 beneficiários já acessaram linhas de microcrédito, iniciaram seus próprios empreendimentos e passaram a gerar renda por meio de suas atividades econômicas”, destaca Vladyson Viana, secretário do Trabalho do Governo do Ceará.
As capacitações abrangem diferentes áreas profissionais, oferecendo oportunidades de atuação em setores como tecnologia, administração, moda, gastronomia, estética, prestação de serviços e recursos naturais. No ano de 2024, mais de 5 mil pessoas que participaram dos cursos foram beneficiadas e, neste ano, o número ultrapassou 15 mil. Para 2026, a meta prevista pelo programa do Governo é alcançar cerca de 55 mil pessoas beneficiadas pela capacitação.
Entre os cursos oferecidos, destacam-se: montagem e manutenção de placas fotovoltaicas, informática básica, assistente administrativo, modelagem em tecido plano, confeitaria, cabeleireiro, manutenção de motocicletas, além de práticas de jardinagem e cultivo de hortas.
O Ceará Sem Fome contribui para a empregabilidade formal de todas as pessoas de baixa renda beneficiárias do programa. Segundo Vladyson Viana, houve avanços significativos na inclusão das mulheres na agenda de trabalho. Muitas precisaram interromper suas trajetórias profissionais devido às responsabilidades familiares, mas o projeto cria oportunidades para elas por meio do empreendedorismo.
“Essas atividades muitas vezes são exercidas nas próprias residências. Nós trabalhamos com várias frentes para gerar oportunidade de renda para todos os beneficiários das cozinhas Ceará Sem Fome”, aponta o secretário do trabalho.
O componente “Qualificação e Renda” tem como objetivo apoiar os participantes na inserção no mercado de trabalho e fomentar o empreendedorismo cearense. Iniciativas como a do Ceará Sem Fome contribuem para construir um futuro com trajetórias fora do ciclo de insegurança alimentar, abrindo novas oportunidades às famílias que são o público-alvo do programa.


