Foi anunciada nesta quinta-feira (28/11), uma proposta de alteração na tributação do Imposto de Renda que visa aumentar os impostos para as pessoas com rendas mais altas. De acordo com a nova medida do Governo Federal, quem ganha acima de R$ 50 mil por mês passará a pagar uma alíquota progressiva, chegando até 10% para quem tem uma renda superior a R$ 1 milhão. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A mudança na tributação dos mais ricos é vista como uma tentativa de equilibrar o sistema tributário, onde os contribuintes de maiores rendas pagarão mais, de acordo com suas possibilidades. O aumento da alíquota visa gerar uma arrecadação adicional de R$ 35 bilhões, que será compensada pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
“A maneira como a Receita Federal está fazendo é garantindo que, por meio da atualização da faixa de isenção mais o desconto que é dado, vai beneficiar alguma coisa em torno de 70% e 80% dos trabalhadores assalariados”, comentou. A proposta de isenção para rendimentos de até R$ 5 mil começará a valer em 2026, após ser aprovada pelo Congresso Nacional. A expectativa é que a mudança alcance cerca de 30 milhões de brasileiros.
Além da taxação progressiva, o Governo também propôs uma alteração nas deduções para despesas com saúde. Hoje, os gastos com planos de saúde e tratamentos médicos são deduzidos integralmente do Imposto de Renda, mas o novo projeto limita a dedução total para quem ganha até R$ 20 mil mensais. Quem ultrapassar essa faixa de renda terá direito a uma dedução parcial.
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