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Guarda compartilhada supera preferência materna pela primeira vez

O número de divórcios registrados no país apresentou retração de 2,8% entre 2023 e 2024, totalizando 428.301 dissoluções. A redução interrompe uma sequência de altas e marca o primeiro recuo desde o observado entre 2019 e 2020, quando a queda havia chegado a 13,6%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mesmo período, houve mudança nos arranjos de guarda após separações judiciais. Pela primeira vez, a guarda compartilhada se tornou predominante, alcançando 44,6% dos casos. Os divórcios em que a mulher permanecia exclusivamente responsável pelas crianças representaram 42,6%.

O levantamento também aponta um crescimento de 0,9% nos casamentos civis em 2024, comparado ao ano anterior. Apesar da alta, o volume ainda não recupera o patamar anterior à pandemia. Entre pessoas do mesmo sexo, porém, o avanço foi maior: 8,8%, atingindo o maior número da série histórica, com 12.187 registros.

Guarda compartilhada supera preferência materna pela primeira vez em divórcios
Foto: Reprodução

A dinâmica demográfica revela ainda a continuidade da queda nos nascimentos. O país registrou 2,38 milhões de recém-nascidos em 2024, o equivalente a uma redução de 5,8% em relação a 2023. Este é o sexto ano consecutivo de recuo na natalidade. No recorte etário, é observado um declínio na proporção de mães com até 24 anos, que passou de 51,7% em 2004 para 34,6% em 2024.

Quanto aos óbitos, o total chegou a 1,50 milhão em 2024, um aumento de 4,6% frente ao ano anterior. Desse volume, 6,9% foram mortes decorrentes de causas não naturais, como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais.

A sobremortalidade masculina permanece elevada nesses registros. Entre os homens, foram 85.244 óbitos por causas não naturais, número 4,7 vezes superior ao das mulheres, que registraram 18.043. O cenário é ainda mais desigual entre adolescentes e jovens de 15 a 29 anos, faixa em que as mortes masculinas (27.575) superam as femininas (3.563) em proporção de 7,7 para 1.

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