
O deputado federal José Guimarães (PT), líder do Governo Lula na Câmara, negou qualquer tipo de envolvimento nos desvios de emendas parlamentares que é investigado pela Polícia Federal. Nesta terça-feira (08/07), a PF deflagrou uma operação que teve como alvo o deputado Júnior Mano, acusado de desviar de forma irregular esses recursos públicos.
Em nota, o líder do governo definiu as polêmicas como “uma vergonha” para a bancada cearense de Brasília. Em nota, Guimarães afirmou que o pronunciamento se fez necessário após ele ter o nome citado por terceiros como uma possível figura pública envolvida nesse escândalo político.
Guimarães foi taxativo ao afirmar que não enviou emendas para Canindé e Choró, municípios cearenses citados na investigação. “Uma rápida consulta ao Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) mostra esse fato”, sugeriu o deputado federal.
Ainda de acordo com o deputado federal, é preciso repudiar qualquer ação que possa prejudicar os cearenses. “Tive o nome citado durante conversa de terceiros e isso, nem de longe, denota participação em qualquer organização que usurpa o dinheiro público e prejudica os cearenses”, afirmou.
Caso Júnior Mano
O deputado federal cearense Júnior Mano (PSB) está sendo investigado pela Polícia Federal. A PF, inclusive, deflagrou uma operação nesta terça-feira (08/07) para afunilar as investigações e averiguar as denúncias. Existe a suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de recursos por meio de emendas parlamentares e fraudes em licitações.
A operação, batizada de Underhand, contou com mandados de busca, apreensão e bloqueio de valores. Ao todo, mais de R$54 milhões foram congelados em contas ligadas ao parlamentar e outras pessoas investigadas. Além das buscas realizadas no gabinete do deputado e também na endereço oficial do parlamentar, na Capital Federal, as investigações cumpriram mandados em Fortaleza, Eusébio, Canindé e Baixio. A Polícia Federal também realizou parte da operação no berço político de Júnior Mano: o município cearense de Nova Russas.
A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. A Polícia Federal aponta que o político teria tido um papel central na articulação do esquema, que envolvia a transferência de dinheiro a Prefeituras cearenses em troca de vantagens, manipulação de licitações e até compra de votos em cerca de 50 municípios do Ceará.
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