A Notícia do Ceará
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Horário de verão pode voltar para enfrentar crise energética

A possibilidade de reintroduzir o horário de verão, que foi suspenso em 2019, está nos planos do Governo Federal. A intenção é reduzir o consumo de energia e aliviar a pressão sobre o sistema elétrico nas horas de maior demanda nesse contexto de forte seca, considerada a mais severa já registrada no país.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11/09) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Na ocasião, ele declarou que o retorno do horário de verão “pode ser uma boa alternativa para economizar energia”. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, também comentou a questão, afirmando que é algo que está em análise, mas destacou que a sociedade está dividida sobre o tema.

Horário de verão pode voltar para enfrentar crise energética
Foto: Reprodução

Alexandre enfatizou que a discussão se dá num momento crítico para o sistema energético, com picos de consumo ocorrendo no período da noite, quando a população retorna às suas atividades domésticas, aumentando o uso de eletrônicos e eletrodomésticos. Ele explicou que esse aumento coincide com a queda na geração de energia solar e eólica, que complementam a rede de hidrelétricas do país.

Apesar de descartar riscos imediatos de racionamento ou apagões, o ministro avaliou que a mudança no horário pode ajudar a redistribuir a demanda nas horas de pico, fortalecendo o sistema energético. Além da crise hídrica, o país tem enfrentado grandes incêndios, que ameaçam recursos naturais e parte da infraestrutura elétrica.

A adoção do horário de verão no Brasil começou em 1931, mas foi interrompida em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. Na época, argumentou-se que os ganhos em economia de energia eram limitados e que a medida era impopular. Durante o período de vigência, que ia do primeiro domingo de novembro até o terceiro de fevereiro, os relógios eram adiantados em uma hora, aproveitando mais a luz do dia para economizar energia.

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