PUBLICIDADE

Inca diz que uso de cigarro é responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) revela que cerca de 90% das mortes por câncer de pulmão estão relacionadas ao tabagismo. O cigarro eletrônico que vem sendo muito consumido é, também, considerado extremamente prejudicial à saúde.

Conscientizar a população sobre o câncer de pulmão e sua relação com o tabagismo é a intenção da Campanha Agosto Branco que teve início na última quinta-feira (01.08). Ainda, de acordo com o Inca, mais de 32,5 mil casos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão devem ser registrados por ano no Brasil, no triênio que vai de 2023 a 2025.

Segundo autoridades de saúde, a boa informação é que esse tipo de câncer é extremamente prevenível. É o que diz o médico oncologista do Hospital Sírio-Libanês, Guilherme Harada, especialista em tumores torácicos.

O doutor disse também, que o câncer de pulmão é um dos tipos de tumores mais evitáveis. “Isso porque a principal causa associada ao câncer de pulmão é o cigarro. Ele é responsável por cerca de 80% a 85% dos casos de câncer de pulmão. Então, parar de fumar é a medida mais eficaz para evitar o risco de desenvolver o câncer de pulmão”, explicou.

Harada ressaltou ainda, que de 15% a 20% das pessoas diagnosticadas com câncer de pulmão não têm relação com o tabagismo. “Além do cigarro, a exposição a substâncias cancerígenas, como o asbesto, o radônio, e outras substâncias comumente presentes em ambientes de trabalho com fumaça, também aumenta o risco”, alertou o médico oncologista.

Foto: Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica

De olho no cigarro eletrônico

O Agosto Branco concentra neste ano de 2024, esforços para alertar a sociedade sobre os riscos envolvendo o cigarro eletrônico, como o vaper e o pod, cuja adesão tem crescido entre os mais jovens. Conforme o Instituto de Pesquisa Ipec, o consumo de cigarro eletrônico cresceu 600% no Brasil nos últimos seis anos. A mesma pesquisa mostrou que já chega a quase três milhões o número de pessoas que utilizam esses dispositivos no país.

O Inca diz que além de aumentar em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional, os diferentes tipos de cigarro eletrônico também contêm substâncias tóxicas que causam câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, além de dependência, devido à presença de nicotina.

Desmistificar a ideia de que o cigarro eletrônico faz menos mal à saúde do que o convencional e que, portanto, pode ser usado sem maiores consequências, esse é um dos objetivos da Campanha Agosto Branco. “Muitas vezes, ele é tratado como uma alternativa segura ao tabaco convencional de forma errônea, mas esse tipo de dispositivo também apresenta riscos significativos para a saúde do pulmão”, pontua o Instituto Nacional do Câncer.

O Inca informa ainda, que apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial. Quanto a esse dado, o doutor Guilherme Harada destacou, que hoje há ferramentas que permitem a detecção precoce de tumores no pulmão, o que é importante para o sucesso do tratamento. “A gente tem exames de rastreamento, como a tomografia computadorizada de baixa dose, indicada para o diagnóstico precoce, principalmente nos pacientes com histórico de tabagismo”, disse o oncologista.

 

Com informações de Brasil 61.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir