Segundo a indústria, é crucial a construção de um ramal ferroviário ligando a usina de Itataia, em Santa Quitéria, à Ferrovia Transnordestina. A importância desse projeto foi destacada no Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste, de agosto, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apresentado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Conforme o relatório, o objetivo seria viabilizar o escoamento de fosfato e urânio.
De acordo com Heitor Studart, coordenador do núcleo de infraestrutura da Fiec, o projeto do ramal seria um alimentador essencial para a Transnordestina e também poderia integrar-se com a BR-020. “Carrega no modal da mina, segue para Transnordestina e vai direto para o Porto do Pecém, diminuindo muito o custo de frete e aumentando a competitividade e produtividade, um dos maiores gargalos que nós temos”, explicou.

O custo estimado para a construção do ramal varia entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, dependendo do pátio intermodal escolhido, considerando um valor médio de R$ 15 milhões por quilômetro. Para a implementação do projeto, é necessário obter a concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que pode vir a conceder uma concessão de 30 anos após considerar a viabilidade econômica e financeira do trecho.
Embora a Transnordestina ainda não tenha detalhes específicos sobre o projeto, a empresa se mostrou aberta à avaliação de iniciativas que busquem acesso à sua malha ferroviária. Em nota, a Transnordestina expressou apoio a qualquer investimento que possa complementar a infraestrutura da ferrovia, destacando a importância desses projetos para expandir o uso e a eficácia da ferrovia Transnordestina no futuro.
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