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Inflação desacelera em maio com queda nos alimentos e alta na energia elétrica

Foto: Reprodução

A inflação do país registrou desaceleração em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% no mês, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,35%. Ambos apresentaram variações inferiores às observadas em abril, quando o IPCA foi de 0,43% e o INPC de 0,64%.

Com os resultados de maio, o IPCA acumula alta de 2,75% no ano e de 5,32% nos últimos 12 meses — abaixo dos 5,53% acumulados até abril. Já o INPC, que mede a inflação para famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, acumula 2,85% no ano e 5,20% em 12 meses, também abaixo dos 5,32% registrados no período anterior.

A principal influência para a desaceleração no IPCA veio do grupo Alimentação e bebidas, que passou de 0,82% em abril para 0,17% em maio. O mesmo movimento ocorreu no INPC, com variação de 0,26% nos alimentos, contra 0,76% no mês anterior. Itens como tomate (-13,52%), arroz (-4,00%) e ovo de galinha (-3,98%) contribuíram para a desaceleração. Em contrapartida, a batata-inglesa (10,34%) e a cebola (10,28%) puxaram as altas no período.

O grupo Habitação foi o que mais pressionou o IPCA, com avanço de 1,19% em maio, impactado especialmente pelo aumento de 3,62% na energia elétrica residencial, que teve o maior peso individual no índice (0,14 p.p.). A adoção da bandeira tarifária amarela em maio adicionou R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. No INPC, a energia elétrica também foi destaque, especialmente em Brasília, que registrou a maior variação regional (1,24%), impulsionada ainda pela alta no transporte urbano (12,90%).

Já o grupo Transportes contribuiu para segurar o IPCA, com queda de 0,37%, reflexo da redução nos preços das passagens aéreas (-11,31%) e dos combustíveis, como gasolina (-0,66%) e etanol (-0,91%). Também houve impacto positivo da gratuidade ou desconto nas tarifas de ônibus e metrô aos domingos e feriados em cidades como Brasília, Belém e Curitiba.

Em Fortaleza, o IPCA subiu 0,57% e o INPC avançou 0,53% em maio, variações acima da média nacional. Já a menor inflação entre as capitais foi registrada em Rio Branco, onde os índices ficaram praticamente estáveis (0,00% no IPCA e 0,09% no INPC), influenciados pela queda nos preços de alimentos básicos como ovo de galinha e arroz.

O IPCA é utilizado como referência para as metas de inflação do Banco Central, enquanto o INPC serve de base para o reajuste de salários e benefícios previdenciários. Ambos os índices são calculados com base nos preços coletados entre 1º e 29 de maio e refletem o custo de vida de diferentes faixas da população.

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