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Inflação sobe e brasileiros pagam mais por menos produtos

A inflação voltou a subir em setembro, registrando alta de 0,48% após uma queda em agosto. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula aumento de 5,17% nos últimos 12 meses. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (09/10).

O aumento dos preços foi puxado principalmente pela energia elétrica, que subiu 10,31%. Já os alimentos tiveram queda de 0,26%. No entanto, os consumidores permanecem gastando mais e levando menos produtos para casa.

Esse efeito está ligado à chamada “reduflação” ou inflação invisível. Isso acontece quando o preço de um produto se mantém, mas a quantidade ou a composição muda. De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), só em 2023 a reduflação diminuiu 3,78% do poder de compra do brasileiro médio.

Inflação sobe e brasileiros pagam mais por menos produtos
Foto: iStock

Para não aumentar os preços, as empresas têm optado por reduzir a quantidade, mudar embalagens ou substituir ingredientes. Um exemplo é a mistura láctea, que é feita com soro de leite, gordura vegetal, amido de milho e outros aditivos, como alternativa ao leite condensado.

Outras mudanças incluem os biscoitos recheados, que agora são vendidas como “sabor chocolate” e as barras de chocolate que têm menos cacau e mais aditivos, além de embalagem menor. Mudanças mais sutis também acontecem em produtos como ovos, que agora vêm com 10 unidades em vez de 12, mas mantendo o preço.

“Na reduflação clássica, simplesmente as embalagens encolhem, o produto é o mesmo, porém percebe-se a alteração da gramatura, litragem ou volume original da embalagem do produto mantendo o valor, oferecendo vantagens para o fabricante, apenas”, explica o IBPT.

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