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Inicia neste domingo em Crato, exposição que valoriza a cultura mexicana

No Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo, terá a abertura da exposição “Nagual, Fotografias de Graciela Iturbide”, no próximo dia 8 de dezembro, às 18h, no Pequeno Palco. A mostra, estará aberta até o dia 31 de maio de 2025, e ocupará a Galeria 1  e traz uma das mais influentes fotógrafas latino-americanas em uma jornada por imagens que transcendem culturas, natureza e espiritualidade.

A curadoria tem como base o conceito do nagual, figura mítica associada à transformação espiritual e à conexão com o invisível na cultura mexicana. Reunindo mais de 80 fotografias em preto e branco, captura não só a essência do México, mas também de países como Cuba, Panamá, Índia, Argentina e Estados Unidos. As imagens refletem o olhar singular da artista, que encontra beleza e significado no cotidiano, na força das tradições e no diálogo entre o ser humano ancestral e a natureza.

Povo originários

Graciela Iturbide, que já esteve por duas vezes no Cariri, estará presente na cerimônia de abertura da exposição. A artista é reconhecida por explorar temas ligados às culturas dos povos originários, sendo celebrada por imagens como a “Mulher Anjo”, de 1979, registrada durante um estudo visual de um povo ex-nômade no deserto mexicano, próximo à fronteira com o Arizona, a pedido do Instituto Nacional Indigenista.

A exposição “Nagual” convida o público a percorrer um México profundo e sensível, distante dos estereótipos conhecidos pela difusão da mídia norte-americana. Suas fotografias registram o ritmo das comunidades populares, o voo dos pássaros, o vazio das paisagens desérticas e o surrealismo presente nas tradições e rituais.

Reunindo as imagens de um México profundo, Graciela leva os visitantes para visitar a essência de culturas e paisagens culturais de outros países que visitou com seu olhar particular, como Cuba, Panamá, Índia, Argentina e Estados Unidos. Frente a essas imagens simbólicas, vivemos uma relação de integração com elementos e personagens que ecoam em nossas próprias culturas ancestrais: brincantes, mascarados, mulheres em seus ofícios, crianças em seus sonhos, a natureza exuberante, animais em sua liberdade e as pedras que guardam as memórias do tempo.

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