
A intervenção da Prefeitura de Fortaleza na Santa Casa de Misericórdia deve ser estendida por mais 100 dias, informa a secretária de saúde, Riane Azevedo. Em entrevista, ela declara que “ainda há leitos a serem abertos e problemas estruturais a resolver”.
Antes mesmo de ser formalizada, em julho deste ano, o provedor da unidade, Vladimir Spinelli, já apontava que o prazo previsto até janeiro de 2026 “não era viável”.
Ainda, a secretaria acrescenta que novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o primeiro centro de hemodiálise da prefeitura na Santa Casa serão inaugurados no próximo mês de janeiro.
Com um orçamento de R$ 4,3 bilhões para 2026, Riane destaca que o município deve recorrer a operações por meio das Organizações Sociais (OS) e parcerias público-privadas para complementar o aporte.
Sobre os avanços do ano de 2025, a secretária ressalta que ainda há muito a evoluir, especialmente no tempo de espera dos pacientes pelos atendimentos.
“Ao chegar na Secretaria, deparei-me com esse contexto de longas filas, lotação nas UPAs e pacientes nos corredores dos hospitais (…) Precisamos diminuir o tempo de espera para consultas, exames e cirurgias. Isso me incomoda muito como médica e profissional”.
Hospitais seguem recebendo pacientes que iriam ao César Cals
Após um incêndio no Hospital Geral Dr. César Cals no último dia 13 de novembro, a unidade suspendeu a emergência obstétrica e outros atendimentos, que passaram a ser realizados em outras unidades.
Os hospitais da rede municipal – como o Hospital da Mulher e os Gonzaguinhas da Barra do Ceará e de Messejana – acolheram 72 pacientes.
Para os casos de menor complexidade, os atendimentos são feitos nos Gonzaguinhas. Já os casos mais complexos são encaminhados para a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC).


