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José Guimarães comenta prisão de Bolsonaro “não comemoro desgraças”

O deputado José Nobre Guimarães (PT) afirmou nesta segunda-feira (24), durante homenagem aos 190 anos da Assembleia Legislativa do Ceará, que “evita comemorar desgraças” e que não costuma comentar decisões judiciais, apenas cumpri-las. Ao abordar a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, o líder do governo adotou tom de cautela e destacou a importância de respeitar as instituições.

Guimarães disse que “todo o país sabe o que ocorreu nos últimos dois anos” e que houve um rompimento das normas definidas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, Bolsonaro agora cumpre o que foi determinado pela Corte.

Ao comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes de converter a prisão domiciliar em prisão preventiva, o deputado destacou que a Primeira Turma do STF confirmou a medida por unanimidade. Sobre a pena de 27 anos e três meses, Guimarães afirmou que essa é uma questão exclusiva do Supremo, defendendo que não se deve politizar o tema.

Por fim, enfatizou a necessidade de “acalmar o ambiente”, ressaltando que a democracia e as instituições brasileiras são mais fortes que qualquer interesse individual e que a situação serve como exemplo de que “ninguém mexe com as instituições da República”.

Entenda a prisão de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre atualmente prisão preventiva após ter sua prisão domiciliar convertida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, no dia 22 de novembro de 2025. A medida foi motivada pela violação da tornozeleira eletrônica e pelo risco de fuga, ampliado pela convocação de uma vigília de apoiadores próxima à sua residência.

Bolsonaro havia sido condenado a 27 anos e três meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Desde agosto de 2025, cumpria prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, após descumprir restrições impostas pelo Supremo, como limitações ao contato com autoridades e o uso de redes sociais.

A defesa do ex-presidente nega qualquer tentativa de fuga e classifica o uso da tornozeleira como um “instrumento de humilhação”, argumentando que Bolsonaro sempre colaborou com a Justiça e não oferece risco de evasão, já que a residência estava constantemente vigiada pela Polícia Federal.

O caso gerou debates sobre segurança, cumprimento da lei e tratamento de presos com problemas de saúde, mas autoridades afirmam que a decisão do STF segue os trâmites legais e visa proteger a ordem e as instituições.

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