A Notícia do Ceará
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Jova, um espelho de vida para todos os públicos

Em visita ao Ceará, a empresária Jova Reiffe visitou as dependências do grupo de comunicação “A Notícia do Ceará”, onde pôde compartilhar parte de suas experiência em uma entrevista concedida aos jornalistas da empresa de comunicação (Foto: Davi Silva)

Características como luta e persistência fazem parte de um processo que pode resultar numa trajetória de conquistas. Aliado a isso, a determinação é uma das chaves para a superação dos desafios que precedem a vitória. Filha, mãe, esposa, trabalhadora, amiga, irmã. Para personificar esse conjunto de fatores, Jovandira Reiff. Cearense de Nova Russas, Jova, como é carinhosamente conhecida, é um exemplo vivo de quem busca deixar um legado inspirador.

Antes de chegar ao Estado de Minas Gerias, onde atualmente reside com a mãe, filhos e netos, a história de Jova começa no interior cearense, mais precisamente no distrito de Boa Esperança, localizado no município de Nova Russas, a 304km da capital Fortaleza. Mesmo tendo um profundo sentimento pelo lugar em que nasceu, ela é transparente quanto ao motivo que a levou a se distanciar da Terra da Luz em 1975, já demonstrando as abdicações que teve de fazer para cumprir o seu propósito. “Sempre tive como objetivo o fato de poder ajudar os meus pais. Saí de casa ainda na adolescência, aos 17 anos, porque essa era a minha meta”, revela a filha de José Pinto Magalhães e Anastácia Araújo Veras.

Aos 96 anos, dona Anastácia Araújo Veras recebe o amparo de todos os filhos. Porém, coube à Jova a privilegiada missão de cuidar de sua mãe de uma forma mais próxima.

Antes de chegar à Minas, Jovandira fez a sua primeira parada fora do Ceará no Estado do Rio de Janeiro. Na capital fluminense, chegou para auxiliar na farmácia de um dos seus irmãos mais velhos, que viajou com os mesmos ideais. Profissionalmente, o Rio de Janeiro foi aonde tudo começou, levando Jova a se tornar uma empresária do ramo farmacêutico. Porém, isso não significa dizer que o local traga um cenário de boas lembranças em sua totalidade. “Por lá passei mais de 20 anos. Montamos uma farmácia e éramos muito assaltados. O Rio [de Janeiro] era muito violento. Não guardo quase nenhuma recordação boa de lá. Tanto é que queria sair de lá para qualquer lugar”, expõe.

Recomeço

“Saímos do Rio praticamente sem rumo”. Foi esta a frase que abriu a parte da entrevista que levou a entender como Jova chegou em Minas Gerias com o marido e o casal de filhos. Quis o destino que a empresária pudesse retomar os rumos profissionais no mesmo ramo em que atuou no Rio de Janeiro. No entanto, ela fez questão de explicar os motivos de não ter tomado uma decisão imediata. “Quando chegamos nessa cidade mineira já existiam algumas farmácias. Montar uma do zero seria mais vantajoso e mais barato para mim, mas eu estaria abrindo uma concorrente. Para não prejudicar ninguém, esperei uma oportunidade de mercado. Um proprietário de uma farmácia colocou o seu estabelecimento à venda e eu o comprei. Assim, eu apenas dei continuidade a algo que já existia”.

Com a empatia e o olhar humanizado, logo Jova colheu os frutos de um trabalho paciente. Sob sua administração, a farmácia que antes vendia apenas R$ 100 por dia passou a progredir e a gerar resultados relevantes, se consolidando como uma das mais bem-sucedidas da região. A ascensão logo remeteu ao nome do estabelecimento, intitulado de uma forma bem característica. “O nome da farmácia é ‘Vitória’ porque simboliza uma vitória para mim. Deixei para trás três farmácias que geravam um bom lucro; várias pessoas me dizendo que a nova etapa não daria certo. Diante de tudo isso, a farmácia é uma conquista”.

“Vitória”, a farmácia que carrega o nome que traduz o seu símbolo na trajetória de Jovandira.

Numa visão pessoal, Jovandira conta que se considera uma pessoa realizada em todas as áreas da vida. Como um ser humano de fé, atribui todas as coisas a Deus e à família. “Essas duas coisas, para mim, são os pilares de tudo”, defende. Nesta parte, especificamente, dedica uma profunda gratidão a Getúlio Vargas Rocha, seu marido. Tendo partido para o plano celestial em 2011, foi casado com Jova durante 34 anos. Porém, enquanto esteve presente na Terra, Getúlio teve um importante papel na vida da companheira. “Ele foi muito importante pra mim. Lembro dele não só como marido, mas como o amigo e o companheiro que ele sempre buscou ser. Conheci o Getúlio no Rio de Janeiro, na farmácia em que trabalhei. Nos casamos após quatro anos de namoro; essa é uma das minhas poucas lembranças boas do Rio. Sofri muito com a sua partida. Ele era uma excelente pessoa, tinha um bom coração e era muito apegados aos filhos. Não quero mais ninguém na minha vida”, afirma.

“Ele [Getúlio] foi o grande amor da minha vida”

“Um casamento para dar certo precisa do companheirismo e do respeito. E eu tive isso do Getúlio”.

Jova foi objetiva: “minha relação com ele é de intimidade”. É assim que ela define a sua conduta com Deus. Segundo a empresária, sua relação com o divino já teve momentos conturbados, mas nada que pudesse romper a proximidade que os dois cultivaram entre si ao longo do tempo. “Ele [Deus], me ajuda demais. Quando perdi meu marido, briguei com ele, fiquei chateada, depois voltei e pedi perdão. Parecia que eu não ia aceitar e nem suportar. Hoje sou uma amiga de Deus”, define.

“Sou amiga de Deus”.

Jovandira na presença da mãe e dos irmãos. Como ela mesma enfatizou, Deus e a família são a base para todos os passos da vida

Embora tenha construído uma vida no Estado do Sudeste, as raízes cearenses de Jova ainda fazem o seu coração estar ligado à Terra da Luz. De acordo com a empresária, os filhos e os netos são as principais razões pela permanência em Minas Gerais. Essa preservação do laço familiar é algo de sua personalidade, e isso pode ser percebido no próprio motivo que a fez visitar Fortaleza no começo do mês de junho de 2021. “Senti a necessidade de vir ajudar Jhonson Veras Magalhães [irmão] de forma espiritual. Ele é o irmão mais novo, estava passando por momentos difíceis. Voltarei para Minas feliz por ter contribuído para que ele melhorasse o seu estado de espírito”, explica.

“Um pedacinho do céu” 

Astolfo Dutra

Localizada a 280km de Belo Horizonte, capital do estado, a pacata cidade de Astolfo Dutra, com seus pouco mais de 13 mil habitantes, tem um espaço reservado no coração da empresária. Foi o povo deste município que fez de uma cearense de Nova Russas uma Portuense com o tamanho e a intensidade de acolhimento a Jovandira.

Registros do Sítio de Jova, em Astolfo Dutra, interior mineiro. Ou, como ela mesma defina, “um pedacinho do céu”.

 

“Me considero uma vitoriosa”

            Registros de Jova ao lado dos netos Cecília e Túlio e dos filhos Bruno e Gisele.

Sonhos

Aos 63 anos, Jova esclarece que já não tem tantas pretensões. Isso não significa dizer que não almeje alcançar novas vitórias. Sua gratidão é imensa e a sensação de ter conquistado além daquilo que projetou soa como um enorme contentamento. “Me sinto realizada, pois não merecia tanta coisa. Meus filhos são bênçãos e as minhas conquistas daqui pra frente serão as deles. Tento fazer a minha parte e ajudar a todos da melhor maneira”.

” Quero desejar pra todo mundo muita luz, saúde e paz. Devemos nos unir em torno deste momento de pandemia.O pouco que cada pessoa pelo próximo já será muito válido”, finaliza.

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