De acordo com a plataforma IntegraSUS, 28.705 atendimentos por síndromes gripais nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram registrados em Fortaleza até 11 de agosto. De todos esses, 10.903 foram em jovens, o que representa 38% de todos os atendimentos.
Estas síndromes gripais catalogadas acontecem por meio da influenza ou outros tipos de vírus. Pedro Ítalo Gomes, infectologista do Hospital São José, afirma que os principais infectados são os jovens por fazerem parte do público que é exposto ao ambiente e a aglomerações com mais frequência.
“A população mais jovem está mais vulnerável aos vírus, por ser uma população economicamente ativa, tem mais contato com outras pessoas em diversos contextos de aglomeração. Isso contribui para uma maior disseminação de doenças, tendo em vista que elas são transmitidas de pessoa para pessoa.”, disse o infectologista.
No entanto, é importante lembrar que, mesmo estando mais suscetíveis a contrair doenças respiratórias, jovens não compõem os grupos prioritários. Gomes explica que esses grupos precisam de maiores cuidados para que não contraiam uma gripe, como os imunossuprimidos, crianças e idosos.
Mesmo podendo ser evitada através de vacinas, a influenza continua sendo a doença respiratória mais contraída entre os jovens. O infectologista explica que isso acontece por possível “negligência” da população em tomar o imunizante, principalmente durante os anos de pandemia.
Vale lembrar que, em território cearense, segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra a influenza em gestantes, puérperas, idosos, crianças e de indígenas vivendo em terras indígenas, durante o ano de 2024. ainda não atingiu 50% da meta.
A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, com o fim pandemia de covid-19, está acompanhando a circulação dos vírus SARS-CoV-2 e de outros disseminados de maneira sazonalmente no Estado, como é o caso da Influenza A e B, que causam síndromes gripais, e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causador de bronquiolite.
Apenas em 2024, a Influenza A causou 32,1% das internações por quadros respiratórios com identificação viral. Coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Ceará, Ana Cabral, comenta que a principal forma de prevenção para as doenças causadas por vírus respiratórios, e que são imunopreveníveis, é a vacinação.
“Caso a doença não seja imunoprevenível, a pessoa deve adotar as medidas básicas de higiene, como lavar as mãos, evitar situações que esteja exposto aos vírus respiratórios, evitar contato com pessoas gripadas e usar máscara caso contraia uma doença respiratória. São medidas de prevenção importantes para evitar contrair e transmitir as síndromes gripais.”, comentou a coordenadora.
Veja outras prevenções:
- Cobrir nariz e boca ao espirrar e tossir
- Não compartilhar objetos de uso pessoal
- Evitar tocar nas mucosas de olhos, nariz e boca
- Manter os ambientes ventilados
- Utilizar lenço descartável
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