Marcone Tavares (PT), prefeito reeleito de Aurora, e sua vice, Glória Maria Tavares (PSB), tiveram os mandatos cassados por suspeita de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024. A decisão foi proferida na última terça-feira (18/03) e ainda pode ser revertida por meio de recurso.
A denúncia foi apresentada pela coligação “Pra Cuidar do Nosso Povo”, do ex-candidato à Prefeitura, Adailton Macêdo (MDB), que foi derrotado no pleito. Segundo o processo, a gestão de Marcone teria cometido diversas irregularidades durante o período eleitoral, incluindo o aumento nos gastos com pessoal durante o ano eleitoral, totalizando cerca de R$ 5 milhões; a contratação de servidores sem concurso público; e repetidas admissões e readmissões de funcionários em curtos períodos.
Pelo entendimento do juiz José Gilderlan Lins, da 69ª Zona Eleitoral de Aurora, as práticas foram graves o suficiente para comprometer a legitimidade da eleição, caracterizando abuso de poder. Além da cassação, Marcone foi declarado inelegível pelos próximos oito anos. Já sua vice-prefeita não recebeu a mesma penalidade, pois não houve comprovação de envolvimento direto nas irregularidades, apesar de ter sido beneficiada.
Posicionamento do prefeito
Diante da decisão, Marcone afirmou que recebeu a notícia com surpresa e garantiu que recorrerá a instâncias superiores. Ele citou um parecer recente do Ministério Público, que não teria encontrado provas de irregularidades no processo eleitoral. Em suas redes sociais, o prefeito assegurou que seguirá no cargo até que a situação seja resolvida.
O advogado Carpegiano Gonçalves, que representa a defesa dos gestores, reforçou que a decisão não impede Marcone e Glória de continuarem no exercício de seus mandatos. Ele destacou que há confiança na reversão da sentença e que não foram apresentadas provas concretas de abuso de poder eleitoral.
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