Três pessoas denunciadas pelo assassinato e decapitação de uma mulher, ocorrido em Fortaleza no fim de 2022, foram beneficiadas com a revogação da prisão preventiva. A decisão foi proferida pela 2ª Vara do Júri da capital cearense em março deste ano. Segundo o entendimento judicial, os acusados não oferecem risco à ordem pública.
Os réus, identificados como Yuri Marques Nogueira, Francisca Glaucimara Cardozo da Silva e Jadeline Silva, passarão a responder em liberdade, desde que cumpram uma série de medidas cautelares. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, o comparecimento mensal à Central de Alternativas Penais e o recolhimento domiciliar noturno, entre 20h e 6h. Também estão proibidos de frequentar locais públicos e de se ausentar de Fortaleza por mais de oito dias sem autorização judicial.
A vítima do crime foi Aurileide Gonçalves da Silva, conhecida como Neide. De acordo com a investigação, ela foi atraída por uma amiga até uma área deserta no Bairro Pirambu, onde caiu em uma emboscada. No local, os criminosos tomaram seu celular, e após encontrarem fotos que indicavam possível ligação com a facção Guardiões do Estado (GDE), executaram a vítima. O corpo, que foi decapitado, foi abandonado na Vila do Mar.
Informações apontam que os autores do crime têm ligação com o Comando Vermelho, facção rival da GDE. Acreditando que Aurileide estaria colaborando com o grupo inimigo, os criminosos decidiram assassiná-la.
Segundo o Tribunal de Justiça do Ceará, o caso ainda está em fase de instrução processual, com a realização de audiências e oitiva de testemunhas. A decisão sobre a realização do júri popular ocorrerá após a conclusão dessa etapa. A Justiça alerta que o descumprimento das condições impostas poderá acarretar nova decretação de prisão preventiva.
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