O governo do presidente Lula, passa usar gênero neutro em discursos nos eventos oficiais. O pronome neutro é uma expressão que abarca nem o gênero feminino nem o masculino e feminino, busca atingir pessoas trans e não-binárias.
Ao usar o pronome neutro, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tomou repercussão quando abriu o discurso de posse na última terça-feira, quando disse: “Boa tarde a todos, a todas e todes”.
Um exemplo comumente usado é como se referir a um ambiente composto por nove mulheres e um homem: usa-se “todos” e não “todas”. O uso de “todes” buscar aglomerar todos os gêneros, de forma neutra – algo que acontece em outros idiomas, mas que não está previsto na gramática normativa do português.
Os apoiadores do presidente criticaram o uso da fala do ministro, por estarem infringindo a linguagem. “homem tem que ser tratado como homem e mulher como mulher”. afirma um apoiador.
O projeto de lei 5198/20, de autoria do deputado Junio Amaral (PL-MG), “proíbe instituições de ensino e bancas examinadoras de concursos públicos de utilizarem o gênero neutro para se referir a pessoas que não se identificam com os gêneros masculino e feminino, como a população LGBTI”.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, vinculada ao Ministério Público Federal, publicou uma nota ténica em fevereiro de 2022 que diz que a “vedação do uso da linguagem inclusiva” incorre em “inconstitucionalidade e inconvencionalidade, por indevida censura prévia”.
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