Após decisão proferida pela Comarca de Alto Santo, a Justiça acatou a denúncia contra Luan Dantas (Progressistas), prefeito de Potiretama. O gestor, que está preso, se tornou réu neste processo após ser acusado pela prática de incêndio doloso por motivações políticas. Nesse contexto, Luan também era acusado pelo Ministério Público de envolvimento com facções criminosas que atuavam na região.
Esta denúncia, por sua vez, não foi acatada pela falta de provas. “A própria autoridade policial não apresentou elementos mínimos que sustentem a tese de organização criminosa, limitando-se a reprodução de informações conhecidas no âmbito da segurança pública local”, declarou o juiz Isaac Dantas Bezerra.
Além do prefeito de Potiretama, Thiago José Sousa é outro investigado. Os dois são suspeitos em arquitetar um incêndio ocorrido em imóvel de posse da família de Fernando Antônio Bezerra Freire. A defesa de Luan nega qualquer envolvimento do prefeito com organizações criminosas e já apresentou um pedido de soltura.
Repercussão local do caso do prefeito de Potiretama
No dia 7 de abril, Luan foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. O gestor foi alvo da Operação Revelatio, deflagrada por meio da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio da Polícia Civil. Na ocasião, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão contra o político, secretários, ex-gestores e sócios de um posto de combustível.
Segundo as autoridades de segurança que participaram da operação, o prefeito tentou fugir no momento da captura. Ele teria acelerado um carro em direção à cidade de Rodolfo Fernandes, no Rio Grande do Norte. Houve perseguição e os policiais alcançaram o carro do prefeito no quilômetro 4 da rodovia CE-269.
No dia 11 de abril, a população local foi às ruas de Potiretama. Com baixa adesão no movimento, o objetivo era realizar uma manifestação com passeata, grito de ordens e cartazes que pediam a soltura de Luan Dantas.
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