O pré-candidato a deputado estadual Renato Roseno (Psol) esteve na sede da Rede “A Notícia do Ceará” e participou do podcast Destaque ANC. O parlamentar abordou temas como a sua trajetória política, projetos em prol da sustentabilidade, ações assistencialistas durante a pandemia e o cenário político atual às vésperas das eleições. No encontro, Roseno afirmou que pela primeira vez o Psol não indicará um candidato à presidência da República e que, apesar das diferenças, a legenda apoiará o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o petista é o melhor posicionado para derrotar o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas.
“Mesmo com nossas diferenças, entendemos que ele é o melhor posicionado para consolidar um projeto que nas urnas pode derrotar o autoritarismo do Bolsonaro. Precisamos garantir as eleições, garantir o respeito às eleições e garantir a transição”.
Renato seguiu, declarando que é contra o projeto de construção da mina de Itataia em Santa Quitéria.
“Sou bastante crítico, sou contrário. O mundo inteiro sabe que a gente tem que buscar energias renováveis limpas. A cadeia produtiva da energia nuclear é suja de ponta a ponta. Desde a produção do transporte até a disposição do lixo radioativo. A cadeia é perigosa, poluente, suja e a produção é insustentável do ponto de vista da água. (…) Neste processo, há uma previsão da empresa escrito da utilização de 800 mil litros de água por hora. Isso é o equivalente a quase 100 carros-pipa por hora. Isso é insustentável”.
O parlamentar também falou a respeito da consequência do perigo dos gases liberados na extração do Urânio.
“O rádio e o radônio são gases cancerígenos, inodoros, incolores e que podem chegar a quilômetros do processo da mina. É perigoso na extração, transporte, beneficiamento, no uso nuclear e na disposição do uso radioativo. A nossa melhor usina nuclear fica a milhões de quilômetros de distância, que é o Sol. A gente deveria estar apostando em energia limpa. Quem é que vai pagar a conta do Sus? Do câncer? Da contaminação? Das vidas? O Governo do Estado errou em dar segurança hídrica a esse empreendimento. Países que já tiveram muita energia nuclear, saíram da energia nuclear, a Alemanha, por exemplo, 42% da energia da Alemanha vem de fontes renováveis”
Confira abaixo a entrevista, na íntegra: