Após ter seu nome citado em delação premiada do senador petista Delcídio do Amaral (MS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nunca cometeu irregularidades.
“O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo”, diz o texto divulgado pelo Instituto Lula na tarde desta quinta-feira (3).
Em delação premiada à força-tarefa da operação Lava Jato, o senador disse que o ex-presidente mandou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e de outras testemunhas.
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse, ontem, que a presidenta Dilma Rousseff está preocupada e recebeu com indignação a notícia de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria firmado um acordo de delação premiada em que teria declarado que a presidenta e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. A notícia foi publicada em reportagem da revista Isto É.
Segundo o ministro, Dilma recebeu a notícia “com a mesma indignação” que ele “ou talvez mais”, já que “envolve diretamente o nome dela”. Para Jaques Wagner, se o senador fechou acordo, as declarações deveriam ser mantidas em sigilo. Cabe à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal investigar se houve vazamento, o que considerou “gravíssimo” e “intolerável”.
O.E.