O movimento Maio Amarelo, iniciado em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU), é uma ação internacional que visa alertar a população sobre a necessidade de reduzir os acidentes de trânsito. Durante a campanha, os condutores de veículos são incentivados a fazer uso do cinto de segurança, capacetes e a conscientização sobre os riscos de dirigir após consumir álcool.
Em 2024, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Brasil registrou 73.121 acidentes em rodovias federais, resultando em 84.489 feridos e 6.160 mortes, o que representa cerca de 16 óbitos diários. Esse número significa um aumento de 10% no número de mortes em comparação com 2023.
“A maioria dos acidentes motociclísticos não levam a graves lesões, mas, dos que levam às graves lesões, dois fatores são muito importantes. Primeiro, a falta de utensílios corretos pelos motociclistas, como calçados apropriados, joelheiras e cotoveleiras. Outro muito importante é o uso da moto associado com bebidas alcoólicas”, comenta o ortopedista e traumatologista Jonatas Brito, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE).
De acordo com o especialista, mesmo com leis em vigor para punir quem pratica esses atos, a fiscalização ainda é insuficiente, o que leva a acidentes de maior gravidade. Por isso, a importância de atuar na prevenção. “Depois que acontece, o resultado é muito variável, mesmo tendo atendimento rápido, às vezes pela gravidade da lesão, não se pode fazer tanta coisa e ainda ficam sequelas. Ressalto também que as campanhas devem ser associadas à fiscalização, se a legislação de trânsito está sendo realmente aplicada ou não”, reforça.
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