Uma pesquisa recente do Instituto Datafolha, encomendada pelo O POVO e realizada durante as eleições 2024, revelou que 68% dos fortalezenses se opõem às apostas esportivas online, também conhecidas como “bets”. O levantamento envolveu 826 pessoas com 16 anos ou mais, entrevistadas em todas as regiões de Fortaleza nos dias 23 e 24 de setembro. A margem de erro foi de três pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
Entre os que já apostaram, 59% relatam ter mais perdas do que ganhos, indicando que o impacto das apostas afeta todas as raças e faixas salariais. Entretanto, os dados mostram que homens (29%) e jovens de 16 a 24 anos (33%) são mais favoráveis a esse tipo de atividade em comparação com mulheres (15%) e pessoas com 60 anos ou mais (15%).
Para a maioria da população (82%), as apostas esportivas têm uma conotação negativa, sendo vistas por 50% como um vício e por 32% como uma forma de desperdício financeiro. Por outro lado, entre os 16% que encaram as apostas de maneira positiva, 10% as associam à diversão e 3% as consideram um investimento ou fonte de renda. Entre aqueles que apostam com frequência, 32% relatam mais ganhos do que perdas, enquanto 8% afirmam que os resultados são neutros, sem lucros nem prejuízos significativos.
A pesquisa também indicou que 81% dos fortalezenses nunca realizaram apostas online. Outros 10% já apostaram, mas deixaram de praticar, enquanto 8% ainda fazem apostas esporadicamente. No perfil dos apostadores, destaca-se que 10% dos entrevistados que se autodeclaram pretos participam dessas atividades, seguidos por 9% dos brancos e 8% dos pardos.
Em termos de gastos, o valor médio mensal com apostas online foi de R$ 120. Cerca de 38% dos apostadores relataram gastar até R$ 30 por mês, enquanto 23% afirmaram investir mais de R$ 100. Entre as faixas de renda, 11% dos apostadores têm uma renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, 10% ganham acima de cinco salários, e 7% possuem renda de até dois salários mínimos.
No total, 68% da população de Fortaleza é contrária às apostas esportivas, 21% se posicionam a favor, 5% se dizem indiferentes e 5% não souberam responder. Entre os favoráveis, 29% são homens e apenas 15% são mulheres. A faixa etária mais envolvida com as apostas inclui indivíduos entre 25 e 34 anos (15%), seguida pelos de 16 a 24 anos (12%). Em relação ao nível de escolaridade, o ensino médio predomina (11%), seguido do superior (8%) e fundamental (3%).
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