O Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios cearenses revela uma concentração em poucos polos econômicos e uma ampla base de cidades com participação reduzida. Em 2023, dos 184 municípios, 66 registraram participação inferior a 0,1% do PIB estadual, enquanto outros 105 ficaram na faixa entre 0,1% e 1%. Na prática, isso significa que 93% das cidades do Estado produzem menos de 1% da riqueza total.
Os dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) mostram que, em média, 36% dos municípios permanecem abaixo de 0,1% ao longo da série histórica. Outros 55% se concentram entre 0,1% e 1%.

Entre os municípios que se aproximam do limite de 1% estão Pacajus (0,78%), Maranguape (0,87%), Tianguá (0,98%), Iguatu e Itaitinga, ambos com 1,01%. Por outro lado, Fortaleza respondeu por 37,4% do PIB estadual em 2023, seguida por Maracanaú (5,83%) e Caucaia (4,25%). Já cidades como Sobral, Juazeiro do Norte, Eusébio e Aquiraz, registraram percentuais acima de 2%, surgindo como polos emergentes.
Aumento na participação
O levantamento mostra ainda que, ao longo dos últimos 21 anos, apenas dois municípios conseguiram elevar sua participação acima de 1%: São Gonçalo do Amarante, que saltou de 0,26% em 2002 para 2,97% em 2023, e Itaitinga, que passou de 0,19% para 1,01% no mesmo período. Apesar desses avanços, a estrutura geral permanece concentrada em Fortaleza e em poucos municípios da Região Metropolitana.
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