A Notícia do Ceará
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Mais da metade da população teme ser alvo de violência por posicionamento político

Segundo uma pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em parceria com a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), mais da metade da população se sente insegura em demonstrar seu posicionamento político. Ao todo foram 2,1 mil pessoas ouvidas em todo o país entre os dias 3 e 13 de agosto.

Entre os entrevistados, 67,5% do grupo afirmou ter medo de sofrer agressões físicas como forma de represália. O levantamento aponta ainda que 45,2% dos que foram ouvidos temem ser ameaçados por questões partidárias.

Mais da metade da população teme ser alvo de violência por posicionamento político
Foto: Reprodução

Durante a entrevista, algumas pessoas relataram já ter sido vítimas de violência após comentarem sua decisão política. Trazendo para números reais aplicados na proporção da população nacional, 5,3 milhões de brasileiros já sofreram ameaças, enquanto 1,4 milhão já foram agredidos fisicamente.

Para o coordenador de projetos do FBSP, David Marques, a falta de segurança impacta diretamente no exercício da cidadania. “Elas vão ter dificuldade de exercer os seus direitos políticos. Eu espero que essa pesquisa seja um freio de arrumação na nossa arena política”, declarou.

Com o objetivo de elucidar esses casos, a Defensoria Pública do Estado do Ceará abriu um formulário on-line para receber denúncias de quaisquer tipos de violência por questões partidárias. Os relatos são recebidos e encaminhados para o Observatório da Intolerância Política e Ideológica do Ceará, onde as devidas providências serão tomadas junto aos órgãos competentes.

Casos de expressão

Em julho deste ano o assassinato do tesoureiro do PT, em Foz do Iguaçu, repercutiu nacionalmente. Na época, um policial penal e apoiador de Bolsonaro disparou contra o homem, que comemorava seu aniversário.

Em Curitiba, um vereador do Partido dos Trabalhadores liderou uma invasão a uma igreja católica durante uma missa. Na ocasião, em fevereiro de 2022, o grupo empunhava bandeiras do partido e gritava termos como “fascistas” e “racistas”.

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