A Associação Cearense de Magistrados (ACM) encomendou uma pesquisa com o intuito de analisar as condições de saúde física, mental e de trabalho dos juízes cearenses. O levantamento foi realizado pela empresa Data Guide e considerou 60% dos profissionais ativos e 52,8% aposentados, todos em primeira instância com respostas anônimas.
Conforme os dados recolhidos, os magistrados se consideram ansiosos e/ou depressivos em decorrência dos problemas estruturais das comarcas, que desencadeiam impactos na saúde mental, física e financeira. Do total dos entrevistados, 78% dos juízes afirmaram já ter enfrentado pelo menos um episódio de ansiedade, nervosismo ou depressão. Entre esses profissionais estão inclusos magistrados que avaliam sua saúde mental como boa.

Levando em conta a qualidade do sono, 44,9% dos entrevistados relataram não conseguir dormir direito. De forma semelhante ao tópico anterior, os que afirmaram dormir mal são os mesmos que julgam ter a saúde mental boa. Em se tratando de atividades físicas, 46,1% afirmou não conseguir manter a prática regularmente.
Entre as principais queixas dos juízes estão o receio de julgar processos criminais, como de membros de facções criminosas. Segundo os relatos, a preocupação gira em torno da segurança dos próprios e suas famílias. Com isso, 61,6% afirmam sentir desmotivação para exercer sua profissão.
No quesito financeiro, a pesquisa aponta que 23,2% dos entrevistados considera a situação financeira ruim, enquanto 37,4% afirma ser aceitável. Os juízes definiram ainda a estrutura de trabalho como regular e consideram a quantidade de colaboradores insuficiente para atender as demandas.
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