De acordo com o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6), há mais de 2 mil pessoas vivendo em asilos ou em outras Instituições de Longa Permanência (ILPs) para idosos no Ceará.
O IBGE detalha que, de todas as 19 mil residentes em domicílios coletivos em território cearense, 2.091 deles vivem nesse tipo de moradia, o que representa 10,75% do público. Essas habitações, na maioria, é formada por pessoas com mais de 60 anos. São 1.787 moradores idosos, representando 9,19% do público total.
De todos os idosos em asilos, a maioria dos residentes são mulheres, sendo 1.149 de moradoras, o que representa 5,91%. No geral, são 638 moradores homens, correspondendo a 3,28%. Além disso, levantamento ainda revela que ainda há 319 pessoas, de zero a 59 anos de idade, que vivem em asilos ou em outras ILPs distribuídas pelo Ceará.
O maior número de residentes nesses tipos de domicílio no Ceará são pessoas acima dos 80 anos, sendo 889 indivíduos, com 666 mulheres e 223 homens.
Apesar da grande quantidade, os asilos ainda possuem apenas a segunda maior quantidade de pessoas idosas em domicílios coletivos no Ceará. O líder nesse quesito são as penitenciárias ou centros de detenção.
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) afirma que o Estado tem 60 ILPs distribuídas em 21 municípios. A maioria deles estão em Fortaleza, possuindo 20 equipamentos, sendo 11 particulares e nove filantrópicas.
O restante das ILPs estão em copiara, Apuiarés, Beberibe, Canindé, Crato, Caucaia, Crateús, Eusébio, Groaíras, Guaraciaba do Norte, Horizonte, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Maranguape, Marco, Milagres, Quixeramobim, Russas e Sobral.
Durante o ano de 2022, havia 837 mil pessoas que viviam domicílios coletivos em todo Brasil, o que representa 0,4% da população brasileira. Essa foi a primeira vez que o IBGE dados dessa natureza no âmbito do Censo, traçando um perfil de idade, sexo e alfabetização dos moradores destes tipos de domicílios.
Além disso, os pesquisadores do Censo salientam que, em ILPs, a taxa de analfabetismo é alta. Focando apenas em pessoas de 60 anos ou mais, o índice de pessoas analfabetas é de 30,5%, enquanto de todo país é de 17,2%.
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