Um sucesso de público e de marcas de peso nacional e de revelações da moda autoral é o que pode se dizer do DFB Festival 2022, encerrado no sábado (28.05), no Aterro da Praia de Iracema, que abrigou uma estrutura de 30.000 m², por onde passaram mais de 30 mil pessoas a contar do primeiro dia do evento (25.05).
A exaltação do feminino, inclusão e diversidade de corpos e reverência às produções de diferentes técnicas de renda pontuaram a última noite de desfiles.
O Concurso dos Novos iniciou a programação do dia, apresentando as produções talentosas de estudantes e professores da Unifor, UFC e Universidade Potiguar. A Faculdade Santa Marcelina (SP) venceu esta edição, seguida do Senac (SE) e FB UNI (CE).
Já a Sau Swin encantou o público com produções que celebraram a figura de fluidez e versatilidade do gênero feminino.
Outro destaque da noite foi a Rendá, idealizada por Camila Arraes, que trouxe uma coleção feita inteiramente de renda, além de uma releitura poética e traços do artista plástico cearense Vando Figueiredo. Depois, chegou a vez da marca Marina Bitu cruzar a passarela com a coleção Octopus, que retratou a ligação da figura feminina com o oceano em peças sensíveis e fluidas.
Em seguida, o público conferiu o desfile do Baba, que conseguiu transportar o público para o outro mundo, com criações coloridas, estampadas, provocativas e recortes profundamente criativos.
Este ano, o DFB Festival encerrou em grande estilo com o estilista Ivanildo Nunes assinando a coleção Richeulieu, feita em parceria com o Senac. Elegância e sofisticação deram o tom das peças predominantemente escuras, que tiveram a renda em constante destaque nos mais variados recortes e justaposições.
“Foi uma coleção feita pelas rendeiras de Maranguape. São mulheres que conseguem transformar o tecido em uma renda, ressaltou Ivanildo Nunes em entrevista concedida à imprensa, no encerramento do evento. O estilista que apresentou duas coleções no DFB ainda acrescentou: “a gente tem que valorizar o que é nosso, valorizar essas artesanias que existem e as pessoas que fazem isso”.
*Os créditos das fotos exibidas aqui são dos fotógrafos Roberta Braga e Cláudio Pedroso.