Um banco comunitário que desenvolve projetos com base na economia solidária, concede crédito, tem moeda social que circula na comunidade e ajuda a abrir pequenas empresas no município de Maracanaú (Região Metropolitana de Fortaleza). Isso tudo para ajudar o desenvolvimento econômico e social da comunidade. Esse é o Banco Paju, localizado no bairro Pajuçara e que, por causa de constantes assaltos, teve de suspender atividades bancárias de recebimento de contas.
Para mudar essa realidade, o banco lançou ontem o projeto Unidos Pela Paz, que tem o objetivo de combater a violência no município e prevenir o uso de drogas. O público-alvo são os jovens, mas familiares, escolas e entidades de Maracanaú estarão engajados na iniciativa.
O projeto vai percorrer escolas públicas e privadas e espaços públicos onde houver a presença de jovens, como praças, polos e entidades ligadas à juventude. As atividades envolvem desde palestras informativas e de prevenção ao uso das drogas a apresentações culturais, oficinas de arte, esporte e geração de renda. Haverá também roda de conversa para buscar solução para problemas da comunidade. O Banco Paju deve financiar o projeto com recurso próprio.
Tales Saraiva, policial militar e instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), deve palestrar para os jovens sobre drogas. Ele explica que para chamar atenção dos jovens é preciso usar linguagem diferenciada e abordá-los de maneira que eles se sintam seguros. “A proposta é levar os jovens à reflexão sobre as consequências das atitudes que eles tomam”, diz.
O projeto
O presidente do Banco Paju e coordenador geral do projeto Unidos Pela Paz, Eudásio Alvez, diz que até o fim do ano as atividades devem acontecer no município. A expectativa é de conseguir mudar, através dos jovens, a situação de violência e os problemas relacionados às drogas em Maracanaú.
Durante o lançamento do projeto, na manhã de ontem, na Escola Profissionalizante Maria Carmem Vieira, na Pajuçara, Eudásio pediu aos jovens que utilizem a energia que têm para “lutar pela paz”, e não para seguir pelo caminho das drogas e da violência.
A PROPOSTA É LEVAR OS JOVENS À REFLEXÃO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DAS ATITUDES QUE ELES TOMAM.”
Tales Saraiva, instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência
O.P.Online