O desmatamento da Mata Atlântica apresentou queda no Ceará em 2024, mas o cenário ainda preocupa. No último ano, o estado perdeu 1.761 hectares do bioma, uma redução de 21% em relação ao ano anterior. No entanto, em 2023, o desmatamento sobre a floresta havia disparado 142% em relação a 2022. A região serrana do estado é a mais afetada.
ANO |
ÁREA DESMATADA NO CEARÁ |
2022 |
927 hectares |
2023 |
2.242 hectares |
2024 |
1.761 hectares |

Para Luís Fernando Guedes Pinto, diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, a perda ainda é significativa, especialmente num estado onde a Mata Atlântica já ocupa uma porção pequena do território. “O Ceará tem poucas áreas de Mata Atlântica, considerando que a Caatinga é o principal bioma do estado, mas a Mata Atlântica ainda tem um valor imenso. Esse é um sinal de que a perda de áreas de regeneração continua e precisa ser controlada”, comenta.
A agricultura segue como a principal responsável pela devastação, com 89,3% das áreas desmatadas. A aquicultura (6,8%) e a expansão urbana (3,7%) completam o ranking das causas.
Os dados integram o Atlas da Mata Atlântica 2023-2024, produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o MapBiomas. O estudo usa o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), capaz de identificar áreas de corte a partir de apenas meio hectare.
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