No último domingo (15/12), foi realizada a primeira roda de conversa dos profetas da chuva de Quixeramobim, que debateram as previsões para 2025. Segundo Bebeto Cordeiro, um dos organizadores do evento, a tradição se estende de geração em geração, tendo sido transmitida por seus avós, que faziam as análises com base na natureza.
Em relação ao método utilizado para as previsões, o profeta Célio Ponciano revela utiliza o sal para fazer seu prognóstico. “Você coloca as pedras de sal, seis ‘ruminhos’… Se você não tem as pedras, você pode colocar o sal mesmo. Seis ‘ruminhos’. Aí você conta janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho. Aí de manhãzinha você vai observar. Você vai observar lá, aí você vê: se as pedras molham todas seis, são seis meses de inverno; se falhar uma, aquele mês não chove”, explicou.
Segundo o profeta, com base em suas experiências, o próximo período chuvoso, conhecido como inverno, vai ser positivo. “Chove em janeiro, chove em fevereiro, chove todos os meses, viu?! Seis meses de inverno, nós temos um bom inverno criador”, afirmou Célio, garantindo que as chuvas ficarão acima da média.
João Lemos, também conhecido como profeta da chuva na região, acompanhou a previsão de que o período chuvoso será animador, com base na análise das formigas e abelhas. “Como é que está a formiga? A formiga está boa demais, está saindo da beira d’água, está subindo para os altos. As abelhas estão saindo dos galhos, estão para dentro das moitas. Tudo isso influi muito na nossa experiência. Isso é um bom sinal? É um bom sinal”, comentou.
Na oportunidade, vários profetas da chuva estiveram reunidos e, num senso comum, todos concluíram que a própria natureza dá sinais do que está por vir. Por exemplo, as árvores carregadas de fruto, o fluxo dos rios e a movimentação da fauna local.
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