Em resposta à megaoperação realizada no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28/10), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) reforçou a presença policial em áreas estratégicas do Ceará. A ação na capital carioca resultou na morte de mais de 130 pessoas.
Nos complexos do Alemão e da Penha, a operação teve como foco membros do Comando Vermelho, facção que mantém atuação em diversas cidades cearenses. Durante a ação, mais de 100 pessoas foram presas e armas foram apreendidas, incluindo 93 fuzis.

Alguns criminosos do Ceará estavam entre os procurados pela polícia, tendo sido presos juntos com chefes de facções do Pará e da Bahia que estavam refugiados no Rio de Janeiro. Entre os cearenses, foram identificados membros da cúpula que atuavam nos bairros Pirambu e Carlito Pamplona, em Fortaleza.
Segundo a SSPDS, os levantamentos da Coordenadoria de Inteligência orientaram o reforço do policiamento no Estado. A medida visa impedir que integrantes da facção com atuação local pratiquem crimes em represália aos ataques ocorridos.

Ação policial
A operação realizada no Rio de Janeiro é considerada a mais letal da história do estado, de acordo com dados divulgados pelo Palácio Guanabara. Ainda na terça-feira, o tráfico promoveu represálias em várias regiões da cidade, levando à instalação de barricadas com veículos incendiados e entulho em locais como Linha Amarela, Grajaú-Jacarepaguá e Méier.
Nesta quarta-feira (29/10), moradores do Complexo da Penha transportaram pelo menos 60 corpos que foram encontrados em uma região de mata, comumente usada para rota de fuga, durante a madrugada. De acordo com a última atualização da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, entre os mortos estão 128 civis e quatro policiais.

Ao todo, foram 2.500 agentes de segurança atuando nessa megaoperação, que contou com a parceria das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. O objetivo principal era cumprir 100 mandados de prisão, dos quais 30 tinham como alvo membros do Comando Vermelho em outros estados.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.


