O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) oficializou o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) para o mel de aroeira produzido na região dos Inhamuns, no Ceará. O reconhecimento foi publicado na Revista da Propriedade Industrial desta terça-feira (11/03).
A certificação foi concedida na categoria Indicação de Procedência (IP), destacando a tradição e a qualidade do produto. Com essa nova adição, o Brasil já conta com 140 IGs reconhecidas, das quais 101 são IPs exclusivamente nacionais e 39 são Denominações de Origem (DOs), sendo 29 brasileiras e 10 estrangeiras.
Produção Regional
A certificação do mel de aroeira reflete o empenho dos produtores locais na manutenção de práticas tradicionais e sustentáveis. Esse reconhecimento também é fruto do trabalho do Sebrae/CE, que auxilia na identificação de produtos típicos cearenses e no suporte aos produtores durante o processo de obtenção de certificações de IG.
Vale ressaltar que outros produtos cearenses também já receberam a certificação do INPI. São eles, o algodão dos Inhamuns, o artesanato de filé do Jaguaribe e a cachaça de Viçosa do Ceará. Atualmente, o Sebrae/CE segue apoiando a certificação de outros itens, incluindo o queijo coalho do Jaguaribe, a fibra do croá de Pindoguaba (Tianguá), a renda de bilro de Aquiraz, o artesanato em cerâmica da Comunidade da Alegria (Ipu), o café do Maciço de Baturité e as facas artesanais de Potengi.
Mel de Aroeira
Segundo a documentação apresentada ao INPI, a produção do mel de aroeira ocorre durante a estiagem, um período crítico em que a escassez de flores limita a alimentação das abelhas. No entanto, a árvore de aroeira mantém sua florada mesmo nessas condições adversas, permitindo a produção de um mel monofloral diferenciado.
Esse mel possui maior pureza, consistência elevada em relação a outros tipos, coloração âmbar escura e altos níveis de compostos fenólicos. Além disso, uma de suas características é a resistência à cristalização.
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