O aumento das mensalidades das escolas privadas no Brasil deve superar a inflação projetada para 2025. Segundo levantamento do Grupo Rabbit, o reajuste médio previsto para 2026 é de 9,8%, enquanto a inflação estimada pelo Banco Central, na pesquisa Focus, é de 4,83%. A pesquisa ouviu 308 escolas em todas as regiões do país.
Em comparação com anos anteriores, a elevação será mais expressiva: em 2023, o aumento médio foi de 9,3%, e em 2024, de 9,5%. A maior parte das instituições deve divulgar os novos valores ainda em setembro, período de início das renovações de matrícula.
Fatores
Christian Coelho, CEO do Grupo Rabbit, identificou três fatores principais que determinam o valor das mensalidades: Inflação acumulada no período, que alcançou 5,13% nos últimos 12 meses até agosto; investimentos realizados no ano anterior; e reajustes salariais de professores e demais funcionários.
Christian destaca que os custos de manutenção e a implementação de novos programas, como atividades bilíngues, são determinantes para os aumentos.
Situação Financeira
O cenário de reajustes tem levado famílias a antecipar pagamentos e buscar alternativas para reduzir custos. A estratégia inclui pagar matrícula e material antecipadamente ou trocar de instituição para aproveitar a tabela vigente.
O levantamento indica que 70% das instituições estão mais endividadas que antes da pandemia. Entre janeiro e abril de 2025, a inadimplência variou de 4,8% a 5,4%, mas algumas redes atingem 20%.
Apesar da pressão financeira, 70,5% das escolas planejam investir em atividades bilíngues e projetos socioemocionais. Enquanto isso, mais da metade pretende melhorar infraestrutura com reformas, troca de mobiliário e aquisição de equipamentos tecnológicos.
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