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Metade dos Imóveis do Minha Casa, Minha Vida, tem jovens como proprietários

51% das contratações do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) que foram realizadas entre os anos de 2021 e 2024 chegaram a ser feitas por jovens. É o que mostram os dados da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades. O banco público diz que em termos absolutos, os brasileiros entre 18 e 30 anos investiram R$ 123 bilhões, além de terem firmados 782 mil contratos no mesmo período.

Essa faixa etária ficou desde o início do programa, no ano de 2009, um pouco abaixo da metade dos financiamentos, com 48% do total, segundo números das mesmas instituições. O interesse dos jovens pela casa própria é consolidado pelo levantamento que contraria a tese de que não teriam interesse por patrimônios e bens materiais, mas reafirma uma tendência já identificada pelo mercado imobiliário em geral.

Detalhe: o jovem que tem uma remuneração mais baixa, pode comprar pelo programa, o imóvel na planta, novo ou usado. E, tem mais: a taxa de juros é limitada a 8,16% em áreas urbanas ou rurais. Outra informação importante é a de que o comprador pode financiar o imóvel com ou sem valor de entrada e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Foto: Agência Brasil – EBC

A vice-presidente de Habitação da Caixa e ex-secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, comentou que o novo MCMV ajudou os jovens a entrarem no programa. “As alterações vão ao encontro do financiamento para as menores rendas, inclusive o valor de entrada”, disse Inês em entrevista.

Já o coordenador do curso de Negócios Imobiliários da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Alberto Ajzental, afirmou que a renda e o desejo por sair da casa dos pais justificam a participação desse público. Ele ainda acrescentou: “a classificação de compra do MCMV é por renda, não por idade, mas quem está no início da carreira, em média, ganha menos. Quando crescem e deixam de morar com a família, jovens buscam um imóvel para alugar ou comprar, seja ele novo ou usado. É criada uma demanda por este tipo de produto”, pontuou.

Algumas características marcam a geração Z (nascida a partir de meados dos anos 1990) no mercado imobiliário, isso, na opinião da diretora de incorporação da construtora Plano&Plano, Renée Silveira. Ainda, de acordo com ela, os jovens priorizam a segurança da compra do imóvel porque gerações anteriores conviveram com a fragilidade do aluguel. Compartilhar espaços, como coworking e áreas comuns do condomínio, também é um fator importante, lembra Renée.

A sustentabilidade é algo é que é defendido também pelos jovens. A diretora de incorporação da construtora Plano&Plano explicou: “não que os jovens não queiram um carro, mas preferem usar bicicleta ou transportes públicos e serem sustentáveis”. O mesmo vale para o tamanho dos imóveis. “O pensamento deles é “eu preciso de um apartamento de três dormitórios? Não, preciso do básico”, ressalta Renée Silveira.

 

Créditos da Imagem de Capa da Matéria: Portal Gov.br

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