O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira (25/07), as primeiras mortes causadas pela Febre Oropouche. As vítimas eram duas mulheres com menos de 30 anos, que moravam no interior da Bahia e não apresentavam comorbidades. Esses casos são inéditos, sendo as primeiras no mundo e sem registros anteriores na literatura científica mundial.
De acordo com a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), ambas apresentaram sintomas semelhantes aos de dengue grave. O Ministério da Saúde também está investigando um outro possível óbito pela doença em Santa Catarina, enquanto uma morte no Maranhão já foi descartada como relacionada à arbovirose. Até agora, a maioria dos casos foi registrada na região Norte do Brasil, especialmente nos estados do Amazonas e Rondônia.
Neste ano, foram reportados 7.236 casos de Febre Oropouche em 20 estados brasileiros. Para ajudar no diagnóstico, o ministério está fornecendo testes para toda a rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).
Febre Oropouche
A doença é causada pelo Orthobunyavirus oropoucheense, um arbovírus transmitido por mosquitos. Desde sua descoberta em 1960, a partir de uma amostra de sangue de um bicho-preguiça, a doença tem causado surtos e casos isolados, principalmente na região Amazônica.
A transmissão ocorre principalmente através de mosquitos, especialmente o Culicoides paraenses. O vírus pode ser transmitido quando um mosquito pica uma pessoa ou animal infectado e, posteriormente, pica um indivíduo saudável.
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