O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira (24) pela manutenção da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, desde a conversão da prisão domiciliar para preventiva, determinada pelo próprio Moraes no sábado (22).
O posicionamento do relator foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino. A Primeira Turma do STF analisa, em sessão no plenário virtual, se confirma ou não a decisão individual do relator. Os ministros têm até as 20h desta segunda-feira para registrar seus votos no sistema eletrônico da Corte.
Moraes afirmou que seu voto leva em consideração novos elementos obtidos durante a audiência de custódia realizada no domingo (23). Na ocasião, Bolsonaro atribuiu a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica a um surto provocado pelo uso de medicamentos psiquiátricos e negou qualquer intenção de fuga.
O ministro destacou ainda que, durante a audiência, o ex-presidente confirmou ter inutilizado o equipamento de monitoramento, o que configura falta grave e descumprimento de medida cautelar. Segundo Moraes, a conduta demonstra “patente desrespeito à Justiça”, reforçando a necessidade da manutenção da prisão preventiva.
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