Portos cearenses registram movimentação de quase 10 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023. De acordo com dados divulgados pelo Governo Federal e do Ceará, os portos de Pecém e Mucuripe transportaram 8,2 milhões de toneladas de janeiro a maio, com um adicional de 1,5 milhão de toneladas em junho, totalizando 8 milhões no primeiro semestre.
A expectativa é que a marca de 10 milhões seja ultrapassada com a inclusão dos números de junho no Porto de Fortaleza, administrado pelo Governo Federal. O Porto de Fortaleza tem uma média mensal de movimentação de 3,5 milhões de toneladas, o que impulsionará os números totais.
Apesar do bom desempenho, os portos cearenses estão abaixo dos números do mesmo período em 2022. No ano passado, o Porto de Pecém registrou 8,8 milhões de toneladas no primeiro trimestre, enquanto o Porto de Fortaleza teve uma leve queda de janeiro a maio, passando de 1,75 milhão em 2022 para 1,72 milhão neste ano.
As principais mercadorias movimentadas pelo Porto do Pecém no primeiro semestre foram minério de ferro, ferro fundido, ferro e aço, combustíveis e óleos minerais, sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento, e cereais. Além disso, a movimentação acumulada de contêineres teve um aumento de 6% em comparação com o mesmo período de 2022.
No caso do Porto do Mucuripe, foram transportados principalmente petróleos e derivados, trigo, petróleos e derivados com óleo bruto, cimento, grãos, minerais, alimentos, equipamentos para parques eólicos e máquinas de grande porte.
Apesar da movimentação expressiva nos portos, o Ceará registrou uma queda nas exportações e importações no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. As exportações tiveram uma queda de 18% em valor, enquanto as importações apresentaram uma redução ainda maior, de 44,5%.
Entre os produtos mais exportados pelo Ceará estão semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço, calçados, frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas, e itens da indústria de transformação. Já as principais mercadorias importadas pelo estado são compostos usados para fabricação de medicamentos, carvão não aglomerado, óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, materiais da indústria eletrônica e trigo e centeio moído.
Apesar das quedas, o Ceará ainda mantém uma participação modesta nas exportações brasileiras, representando 0,7% do total, e nas importações, com 1,35% do total.
Fonte: O Povo+