O Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou à Prefeitura de Tamboril que não realize nenhum pagamento relacionado ao Tamboril Fest 2025 até que seja comprovada a viabilidade orçamentária da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Desporto. A 15ª edição do evento faz parte das comemorações do aniversário da cidade, com previsão para os dias 17, 18 e 19 de julho.
Segundo o órgão, o orçamento previsto para 2025 é insuficiente para cobrir os custos do evento e ainda dar conta das demais despesas da pasta. A situação se agrava especialmente diante do valor dos cachês das atrações confirmadas, como Jorge e Mateus, Matheus Fernandes e Manu Batidão, que juntos ultrapassam R$ 3 milhões.

Uma apuração do MP apontou que, dos R$ 9,4 milhões previstos no orçamento da Secretaria, mais de R$ 7,4 milhões já foram comprometidos por meio de dois pregões eletrônicos. Somados os valores já empenhados com os contratos dos artistas, os gastos ultrapassam a dotação aprovada na Lei Orçamentária Anual (LOA) de Tamboril, o que fere a regularidade da execução fiscal.
Com isso, o Ministério Público instaurou um procedimento para fiscalizar não apenas o Tamboril Fest, mas também outros eventos similares planejados pela Prefeitura ao longo do ano. A intenção é garantir que não haja desvio de recursos de áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura, assistência social, segurança pública e meio ambiente para bancar festividades.
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