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MP investiga suposto esquema de superfaturamento em contratos de limpeza em Ibiapina

O Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (18) a Operação Subterfúgio, voltada à apuração de possíveis irregularidades milionárias envolvendo contratos de limpeza pública no município de Ibiapina, na Serra da Ibiapaba. A investigação, conduzida pela Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), aponta suspeitas de superfaturamento, inexecução contratual e desvio de recursos públicos.

A ofensiva policial e judicial cumpriu três mandados de prisão temporária contra empresários ligados ao esquema e 12 mandados de busca e apreensão, incluindo imóveis residenciais, sedes empresariais e a própria Prefeitura de Ibiapina. As diligências ocorreram também nos municípios de Hidrolândia, Ipu, São Benedito e na capital Fortaleza, com apoio de promotores de Justiça e equipes do Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil do Estado.

Entre os alvos da operação estão agentes públicos e uma empresa contratada pela Prefeitura de Ibiapina, cuja prestação de serviços de limpeza urbana é alvo de questionamentos por supostos sobrepreços e não execução total dos serviços acordados. De acordo com documentos obtidos durante a operação, o contrato sob investigação já movimentou mais de R$ 6,4 milhões.

Fontes ligadas à investigação apontam indícios de crimes como peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. A apuração também mira a possível participação de uma autoridade com foro por prerrogativa de função, o que elevou a complexidade do caso e demandou autorização judicial do Tribunal de Justiça do Ceará para a deflagração da operação.

Durante as buscas, foram apreendidos documentos físicos e arquivos digitais que podem comprovar a existência de um esquema de fraudes contratuais e repasses indevidos. A Procap agora analisa o material recolhido para aprofundar as linhas de investigação e apurar o envolvimento de todos os suspeitos.

Até o momento, os nomes dos presos não foram divulgados, e a Prefeitura de Ibiapina ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

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