Acusado de prática de improbidade administrativa, o prefeito José Maria Lucena é alvo de mais uma ação do Ministério Público do Estado do Ceará, que pediu o afastamento do gestor de Limoeiro do Norte pelo prazo de 90 dias. O órgão ministerial requer, ainda, o pagamento de multa de R$333 mil, valor em que estaria incluída a remuneração recebida por Lucena em 2023.
A ação de Improbidade Administrativa requer também o depoimento pessoal do prefeito, além da suspensão de seus direitos políticos. A ação foi ajuizada após instauração de procedimento administrativo que apurou a suposta ausência de Lucena ou a falta de condições físicas para exercer suas atribuições.
Relembre
Após as polêmicas em torno da ausência do comando da Prefeitura, Lucena informou, através dos procuradores municipais, que estava em tratamento de saúde, fazendo hemodiálises em Fortaleza devido à insuficiência renal decorrente de diabetes. Diante da situação, o MP Estadual realizou audiências extrajudiciais, que contaram com a participação virtual do prefeito, que pouco falou e não apresentou documentos que comprovassem sua atuação na gestão municipal.

Por outro lado, desde que Câmara e Prefeitura passaram a ser interpeladas pelo MP, nenhuma resposta satisfatória ou documento comprovou que o gestor estava de fato atribuindo suas funções legais. De acordo com moradores de Limoeiro, até agosto deste ano, o prefeito não era visto em público há cerca de oito meses, tampouco em compromissos oficiais.
À época, a ausência do gestor levantou o questionamento sobre quem estaria executando as funções de prefeito do município, pois a vice-prefeita, Dilmara Amaral, não teria assumido a gestão. Há relatos de que o prefeito, de 78 anos, estivesse internado para tratar problemas renais, e não teria solicitado licença médica para que a vice, com quem rompeu no início do mandato, não assumisse.