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MPCE apresenta recurso após absolvição de sete policiais na Chacina do Curió

Na quarta sessão do julgamento sobre a Chacina do Curió, sete policiais militares foram inocentados. O resultado, divulgado na noite deste domingo (31/08), possibilita o retorno dos agentes às atividades nas ruas. No entanto, o Ministério Público do Ceará (MPCE) já apresentou recurso no Tribunal de Justiça.

Segundo o procurador-geral de Justiça, Haley Carvalho, o resultado não era o esperado pelo MP e o recurso busca a responsabilização de todos os envolvidos. “É um processo complexo, com várias fases e a gente está se preparando para este próximo julgamento, que vai ocorrer agora em setembro, buscando novamente a condenação e a responsabilização de todos os envolvidos naquele fatídico episódio que ocorreu em 2015. Em todos as fases houve recursos e os processos ainda serão apreciados pelo TJ, então provavelmente haverá novos júris”, pontuou.

MPCE apresenta recurso após absolvição de sete policiais na Chacina do Curió
Foto: Reprodução

O processo é acompanhado por um colegiado de cinco promotores de Justiça e conta com a participação de órgãos públicos, familiares das vítimas, instituições, movimentos sociais, parlamentares e imprensa. Outros três réus serão julgados em sessão marcada para 22 de setembro, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.

Julgamento

O caso ocorreu entre os dias 11 e 12 de novembro de 2015, resultou em 11 mortos e deixou sete feridos. No banco dos réus, desta vez, estavam os integrantes do chamado “Núcleo da Omissão”. Estes policiais atuavam na região durante a chacina e não agiram para impedir os crimes.

Após cerca de 78 horas de sessão, os absolvidos foram: Daniel Fernandes da Silva, Gildásio Alves da Silva, Luis Fernando de Freitas Barroso, Farlley Diogo de Oliveira, Renne Diego Marques, Francisco Flávio de Sousa e Francisco Fabrício Albuquerque de Sousa.

MPCE apresenta recurso após absolvição de sete policiais na Chacina do Curió
Foto: Sara Parente/TJCE

Durante entrevista coletiva, o advogado Valmir Medeiros, que representa os policiais da viatura 1301, destacou que a decisão foi unânime, com quatro votos a zero.

“Eles estavam sendo processados há nove anos e a justiça hoje foi feita. Eles saíram daqui hoje de cabeça erguida. (…) Isso não tira a injustiça com os que morreram, só que a polícia agora tem que ir atrás de quem matou e os jurados disseram que esses não foram”, disse.

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