O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), arquivou uma denuncia que apontava possíveis irregularidades na execução de um patrocínio público no valor de R$ 11 milhões para o pagamento de cachês de artistas que realizaram apresentações na edição da Expocrato deste ano. O valor teve o repasse feito pela Secretaria de Turismo do Ceará (Setur) para a Associação de Defesa, Apoio e Cidadania dos Homossexuais do Crato e Região do Cariri (Adacho). Entre as diligências que foram realizadas, estão a análise do contrato e a realização de reuniões onde representantes da Adacho estiveram presentes.
Segundo o MP, a entidade apresentou o extrato da conta corrente que mostra o depósito do patrocínio, os contratos com artistas como Gusttavo Lima, Tirulipa, Ana Castela, Pedro Sampaio e Ludmilla e também os contratos de patrocínio as empresas, entre elas a casa de apostas Vai de Bet e a Caixa Econômica Federal.
Após os documentos terem sido analisados, o MP estadual concluiu que os fatos narrados na notícia não configuram lesão aos interesses ou direitos sob sua responsabilidade. “Os valores repassados foram integralmente usados no pagamento de parte das atrações artísticas contratadas, e a Adacho já apresentou a prestação de contas, que foi aprovada pela Secretaria de Turismo”, apontou o comunicado de arquivamento.
O caso tomou repercussão após a Expocrato ter tido o seu formato alterado, com metade da área do Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante, onde acontece o evento, aberta ao público de forma gratuita. Entretanto, a medida gerou um custo que foi coberto pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da política de patrocínio e fomento ao turismo.