Uma investigação do Ministério Público do Ceará (MPCE) revelou um esquema criminoso envolvendo agiotagem, comércio ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. Ao todo, três pessoas foram denunciadas por participação no grupo, que teria envolvimento com a facção Massa, atuante em Caucaia.
O esquema incluía tráfico de drogas e movimentação financeira ilícita através de empresas de fachada, tendo sido desarticulado pela Polícia Civil do Ceará. Entre os investigados estão Flaviano Silva Lopes e Francisca Luziara de Mesquita, que foram presos em flagrante em maio, além de Railton Alves da Silva. Todos foram denunciados pela 11ª Promotoria de Justiça de Caucaia.
Uma das principais estratégias do grupo criminoso era a utilização de empresas fictícias para ocultar dinheiro obtido ilegalmente. A investigação revelou que Railton era proprietário da empresa “Águia Branca”, que simulava oferecer serviços de segurança privada, sem sede física ou autorização legal. O negócio servia como fachada para a movimentação de recursos ilícitos.
Além disso, Flaviano e Francisca administravam a empresa “MC Crédito”, onde concediam empréstimos a juros entre 30% e 40%, acima dos limites legais. Os pagamentos eram realizados via PIX na conta bancária de Luziara.
Casos de violência associados ao esquema de agiotagem também foram identificados. Em maio, uma mulher foi baleada por um agiota ao tentar negociar uma dívida no bairro Vila Manuel Sátiro, em Fortaleza. Em novembro, outra vítima foi esfaqueada no bairro Dom Lustosa.
Além das agressões, dois suspeitos de envolvimento com agiotagem foram assassinados neste ano em Fortaleza. Um dos casos ocorreu no bairro Cajazeiras, onde um homem de 77 anos foi morto, e outro foi registrado no bairro João XXIII. Ambas as ocorrências estão sob investigação da Polícia Civil.
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