Na manhã desta quinta-feira (07/03), aproximadamente 600 mulheres Sem Terra protagonizaram uma ocupação na sede do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Fortaleza. A iniciativa integra a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que teve início no dia 6 de março e está programada para se estender até amanhã o dia 8.
Sob o mote “Lutaremos por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos”, a jornada almeja denunciar as violências, que impactam diretamente a vida das mulheres, o racismo e a LGBTfobia. O momento também é acompanhado de protestos contra diversas formas de violações, como desigualdades sociais, fome e pobreza.
No contexto cearense, a ocupação do Incra tem como objetivo central a defesa da Reforma Agrária e a resistência à violência no campo. As manifestantes reivindicam políticas públicas específicas para as agricultoras familiares, incluindo acesso a crédito, assistência técnica, comercialização e garantias de subsídios para a produção de alimentos saudáveis. A ação também busca sensibilizar as autoridades sobre a vulnerabilidade enfrentada por muitas mulheres que vivem nas áreas rurais.
Após estabelecerem a ocupação na sede do Incra, as mulheres Sem Terra planejam manter-se no local até serem recebidas pela superintendência do órgão no Ceará. O propósito da ocupação é exigir respostas do governo federal para as demandas históricas relacionadas à Reforma Agrária e ao fortalecimento da agricultura familiar camponesa. A expectativa é que uma comissão de lideranças seja recebida por representantes do Incra ainda nesta quinta-feira para dar início às negociações.
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